Nesta sexta-feira (26), Fábio Porchat fez um novo pronunciamento sobre a polêmica envolvendo Léo Lins, que foi impedido de fazer piadas sobre minorias. Na ocasião, o global se revoltou e ficou a favor do colega de profissão.
Fábio Porchat faz novo pronunciamento após polêmica com Léo Lins
No novo pronunciamento, Porchat mudou o discurso e afirmou ter aprendido com a polêmica. “Eu li muita coisa, recebi muitas mensagens, conversei com muita gente legal. E eu entendi muito bem as reações. Minha posição nunca foi defender um humor racista. Eu sempre tentei defender um humor que não causasse dor, que não machucasse”, alega.
Ademais, o humorista diz que precisa de uma melhor avaliação. “Falei de forma rasa e confusa, então, eu errei. Do jeito que ele (o pronunciamento anterior) estava, era solto, irresponsável, abria margem para validar algumas coisas que eu não concordo”, reforça, afirmando que sua intenção é apenas falar sobre liberdade de expressão.
Antes, Porchat opinou a favor de Lins, que é conhecido por fazer ‘piadas’ de cunho preconceituoso sobre minorias. “Não gosta de uma piada? Não consuma essa piada. Se a piada não incitou o ódio e a violência, ela é só uma piada. Tem piada de todos os tipos, de pum e de trocadilho, ácida e bobinha. Tem piada de mau gosto? Tem também. Tem piada agressiva. Opa. Mas aí é só não assistir. Quem foi lá assistir ao Léo Lins adorou. Riram muito. Quem não gostou das piadas são os que não foram. Pronto, assim que tem que ser”, opinou, na ocasião.
Fábio já havia falado sobre ‘aprendizado’ da polêmica
Após a repercussão negativa da opinião, Porchat afirmou que estava correndo atrás de informações sobre o assunto. “Tenho conversado e trocado com muita gente legal que veio me procurar e que eu procurei. As conversas têm gerado muito aprendizado. Assim que tem que ser”, escreveu em seu Twitter, com um emoji apaixonado.
O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a retirada do especial ‘Perturbador’ do YouTube, apontando as ‘piadas’ racistas e capacitistas. No stand-up, por exemplo, Léo Lins fala: “Negro não consegue achar empreso, mas na época da escravidão já nascia empregado e também achava ruim”. Ele também faz outros comentários desrespeitosos sobre portadores de deficiência física, pessoas obesas, idosos e pratica perseguição religiosa.
Em outro momento, ele menciona o caso da Boate Kiss, que deixou 242 mortos e 636 feridos: “O pessoal fica sempre procurando lugar aquecido. A prova disso é que teve uma boate que pegou fogo e as pessoas não saíram de dentro”.