Ex-mulher de Bolsonaro participou de rachadinhas no gabinete de Carlos Bolsonaro, mostram documentos

A ex-mulher de Jair Bolsonaro (PL), Ana Cristina Valle, teria participado do esquema das rachadinhas no gabinete do vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (Republicanos). Isso é o que apontou documentos que mostram que testemunhas denunciaram o envolvimento das empresas da suspeita.

Essas informações foram reveladas na noite de terça-feira (07) em uma matéria do “Jornal Nacional”, da “TV Globo”. De acordo com o noticiário, a mulher era casada com Jair Bolsonaro quando foi trabalhar com o enteado, o vereador Carlos Bolsonaro. Isso, em 2001.

Segundo as apurações, ela continuou no cargo até abril de 2008, ou seja, meses depois de se separar do presidente da República, hoje casado com Michelle Bolsonaro. Conforme mostram os dados no Tribunal de Justiça do Rio, nos últimos três anos no gabinete, a suspeita também atuou como advogada.

À época, ela criou um escritório de advocacia e duas empresas de seguro. As empresas funcionavam em um prédio, no Centro do Rio, a poucos metros da Câmara de Vereadores. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), essa proximidade não foi uma coincidência e, nesse sentido, o órgão quer saber se as duas atividades desempenhadas por Ana Cristina Valle estavam ligadas com o esquema das rachadinhas.

A mulher era casada com Jair Bolsonaro quando foi trabalhar com o enteado, o vereador Carlos Bolsonaro. Isso, em 2001. (Foto: reprodução)

Ainda de acordo com o MP carioca, constatou-se também grandes movimentações de dinheiro feito por Ana Cristina, o que sugere que ela era a real destinatária dos recursos públicos desembolsados em nome dos parentes da família Bolsonaro.

“A suspeita é que ela continuou recebendo valores advindos das rachadinhas mesmo depois que ela deixou o gabinete”, afirma o MP, completando que Ana Cristina usava as próprias empresas para lavar esse dinheiro vindo da máquina pública.

De acordo com os registros da Câmara dos Vereadores, as pessoas ligadas a Ana Cristina ganharam, ao todo, R$ 7,5 milhões. Isso, somente no período em que ela não era mais chefe de gabinete de Carlos Bolsonaro. Assim como vem publicando o Brasil123, o esquema das rachadinhas nada mais é do que uma forma de políticos se apropriarem ilegalmente de parte do salário dos funcionários.

Leia também: PF apura se membro de ministério tentou atrapalhar a extradição de blogueiro bolsonarista

Alisson Ficher

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