O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 10,06% em 2021, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o maior nível para o indicador desde 2015, quando a variação chegou a 10,67%. A saber, o IPCA é a inflação oficial do Brasil.
Embora o indicador tenha disparado no ano passado, dezenas de itens tiveram variações bem mais expressivas que a taxa nacional. E quem liderou o ranking das maiores disparadas em 2021 foi o etanol, cujos preços saltaram 62,23% na comparação com a variação acumulada em 2020.
Aliás, o etanol não foi o único combustível veicular que disparou em 2021. Em resumo, os outros três principais combustíveis também apareceram no top dez das maiores altas no ano: gasolina (+47,79%, em 5º), óleo diesel (+46,04%, em 6º) e gás veicular (+38,72%, em 8º).
A propósito, a variação média dos combustíveis para veículos ficou em 49,02% no ano passado, taxa quase cinco vezes superior à inflação nacional.
Veja outros itens que também dispararam em 2021
Completaram o top dez os seguintes itens: café moído (+50,24%), mandioca/aipim (+48,08%), açúcar refinado (+47,87%), pimentão (+39,16%), açúcar cristal (+37,55%) e mudança (+37,09%).
Outro item que exerce bastante impacto na renda das famílias brasileiras também disparou em 2021. Em suma, o gás de botijão encerrou 2021 com uma variação de 36,99%, 11ª maior taxa do ano. Já o gás encanado fechou o ano com a 20ª maior inflação, de 28,49%.
O transporte por aplicativo também pesou bastante no bolso dos brasileiros no ano passado. Isso porque o item teve uma forte alta de 33,75% em 2021.
Entre os alimentos, destacaram-se no ano: mamão (+36,01%), fubá de milho (+32,82%), filé-mignon (+30,91%), frango em pedaços (+29,85%), pera (+29,59%) e açúcar demerara (+28,07%). Frutas e legumes também tiveram forte alta em 2021: pepino (+26,11%), melancia (+25,53%), melão (+24,74%), manga (+22,40%) e banana-maçã (+21,67%).
Por fim, não há como deixar de lado a variação da energia elétrica residencial, que saltou 21,21% no ano passado. Em suma, a criação de uma nova bandeira tarifária, a “escassez hídrica”, impulsionou ainda mais os gastos dos brasileiros para ter energia em casa.
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