A Justiça de São Paulo revelou, nessa sexta-feira (07), a condenação de um estudante por racismo praticado em grupo de Whatsapp. Conforme a decisão da juíza Paloma Moreira de Assis Carvalho, da 15ª Vara Criminal de São Paulo, ele deverá prestar serviços comunitários por 365 horas em entidade a ser definida pelo Juízo da Execução.
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Segundo o processo, o réu, aluno universitário na época do crime, era conhecido por proferir comentários racistas, homofóbicos e xenófobos em sala de aula.
No dia dos fatos, em um grupo de WhatsApp, ele enviou uma mensagem afirmando que as pessoas brancas deveriam se orgulhar de serem brancas e preservar a raça, não se misturando.
Depois de questionado pela vítima, uma colega de sala, revela o processo, Diogo Henrique Brito Corte Alencar fez insinuações, gesticulando e chamando-a de “monkey”, tradução de macaco em inglês.
“As versões das testemunhas foram uniformes e coerentes, escorada por tudo o mais que foi angariado antes e durante a instrução processual, confirmando a existência do crime e a sua autoria”, escreveu a juíza Paloma Moreira De Assis Carvalho em sua decisão.
Ainda de acordo com ela, o argumento do estudante, que justifica o crime afirmando estar no direito de exaltar o orgulho de sua raça nos mesmos moldes em que os indivíduos negros exaltam a sua, não convence.
“Quando o réu se diz orgulhoso de sua raça e que as pessoas brancas têm que se preservar ‘não se misturando’, sua conduta incita e induz à discriminação, uma vez que, do seu ponto de vista, indivíduos brancos não devem se relacionar com outras raças consideradas, por ele, inferiores ou vis”, finalizou a magistrada. Mesmo condenado, o estudante ainda pode recorrer da decisão.
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