Estados Unidos: possível calote da dívida preocupa mercados

A economia americana vem preocupando os mercados e gerando temores nos maiores investidores do mundo. Isso porque, segundo especialistas, há o risco de um calote na dívida dos Estados Unidos, que é quando o país deixa de pagar seus credores. Por outro lado, o mercado acredita ser pouco provável que isso aconteça, mas os impactos de uma negociação podem bagunçar o mundo todo.

Atualmente, o governo dos Estados Unidos está negociando um novo teto da dívida, que é o percentual permitido para a emissão de dívidas no país. Atualmente, o país soma uma dívida de US$ 31,4 trilhões, valor 19 vezes maior que o PIB brasileiro.

A dívida americana preocupa o mundo

O governo dos Estados Unidos está no meio de um momento conturbado no cenário político do país. Isso porque o tesouro americano atingiu o patamar mais alto permitido para a emissão de dívidas. Com isso, o governo deveria, em tese, fazer reajustes na economia para baixar o endividamento. Contudo, a saída escolhida foi aumentar o teto da dívida do país.

Na prática, isso quer dizer que parlamentares estudam um aumento no endividamento, mas há discordância sobre o patamar. Além disso, a contrapartida exigida pela oposição não está sendo aceita pelo partido do presidente, Joe Biden. Segundo especialistas, o país precisa chegar a um acordo até o dia 1° de junho, dia conhecido como o “dia X”.

Segundo especialistas da BBC, consultados pelo G1, há unanimidade no mercado em relação ao calote. Até agora, todos os economistas citados não acreditam em um calote. “Seria absolutamente devastador se os EUA, um dos maiores motores da economia global, tiver seu PIB (Produto Interno Bruto) tirado dos trilhos pela ausência de um acordo“, disse o ministro das Finanças do Reino Unido, Jeremy Hunt.

Divisão no parlamento dos Estados Unidos

Apesar da necessidade de aumentar o teto da dívida dos Estados Unidos, alguns parlamentares da oposição exigem contrapartidas. Contudo, o partido de Joe Biden não pretende aceitar as exigências, o que coloca um impasse na negociação.

Isso porque os Republicanos exigem cortes orçamentários de até US$ 4,5 trilhões. Contudo, esses cortes exigiriam renúncias de medidas prometidas pelo governo de Joe Biden, presidente dos Estados Unidos. Em contrapartida, os Democratas, partidos do presidente, afirmam que a exigência é “um plano para devastar famílias americanas trabalhadoras“.

Apesar da ínfima possibilidade de calote, as consequências seria graves. Isso porque o governo deixaria de pagar benefícios sociais, além de retirar os planos de assistência social. Além disso, as importações diminuiriam, o que colocaria a economia mundial em uma grave recessão.

Pedro Hostyn

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