Eleitor confirma que deu em 1989 caneta usada por Lula durante a posse no domingo

Aconteceu no último domingo (01) a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que iniciou seu terceiro mandato como chefe do Executivo. Durante a cerimônia, o petista declarou que estava usando uma caneta ganhada em 1989 para assinar o documento que o transformava novamente em presidente.

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Nas redes sociais, internautas acusaram Lula de mentir, pois, segunda essas pessoas, seria possível reconhecer, por meio de fotos e vídeos, que a caneta usada por Lula na posse é um modelo da marca Montblanc lançado em 2002, ou seja, não poderia ter sido presenteado em 1989.

Durante a possa, Lula disse que 1989, estava fazendo um comício no Piauí e um cidadão lhe deu a caneta. “Ele disse que essa caneta era para eu assinar a posse, se eu ganhasse as eleições de 89. Eu não ganhei as eleições de 89, eu não ganhei em 94, eu não ganhei em 98″, afirmou Lula, que declarou ter esquecido a caneta em 2003 e em 2007, anos em que ele começou seus mandatos como presidente após vencer as eleições.

Nesta quinta-feira (05), em entrevista ao portal “UOL”, Fernando Menezes, morador do Piauí que deu a Lula a caneta usada para assinar o termo de posse, confirmou a história. De acordo com o eleitor, ele conversou com Lula na quarta-feira (04) e viu que realmente a caneta usada pelo presidente foi a que ele deu em 1989.

“Eu vi a caneta de perto, no telefone, era a caneta que eu comprei. […] Cheguei em um boteco, tinha a caneta pendurada em preta, vermelha e azul. Eu não tinha dinheiro, só dava para comprar uma azul e uma preta. Tinha a cor, mas só escrevia azul. Tinha cabo vermelho, preto e azul, mas só escrevia azul. Me lembro, comprei duas”, relatou ele.

Durante a entrevista, Fernando Menezes, além de dizer que Lula lhe contou que usar a caneta foi uma homenagem ao povo do Piauí, explicou que vai cobrar do chefe do Executivo melhorias em seu estado. “Vou cobrar, eu disse que ia cobrar, que usasse a caneta para o bem do Piauí. Falei da fome, de acabar com a fome, miséria, pobreza. Falei essas coisas para ele”, disse o eleitor, filiado do Partido dos Trabalhadores (PT) desde 1985.

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