Uma luz no fim do túnel. Após meses de pandemia no Brasil e no mundo com milhares de vítimas, as vacinas começam a chegar para a população, entre elas, a CoronaVac.
No Brasil, a vacina do Butantan mostra grandes chances de sucesso e aumenta a esperança do povo brasileiro.
A CoronaVac, vacina elaborada pelo Instituto Butantan com a farmacêutica Sinovac, demonstrou 78% de eficácia para prevenir casos leves de contaminação pelo novo coronavírus. A taxa mínima recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é de 50%.
Mas, além disso, demonstrou 100% de eficácia para prevenir casos graves da doença, excluindo riscos de internação e complicações pela Covid-19.
Dados da fase 3 de testes da CoronaVac
Os resultados das pesquisas clínicas da fase 3, realizadas no Brasil, foram divulgados nesta quinta-feira (7), através do governo do estado de São Paulo. Ainda na data de hoje, os dados serão passados para a imprensa de forma detalhada, direto da sede do Instituto Butantan. Representantes do instituto estiveram em reunião nesta manhã, juntamente com membros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). A publicação dos dados técnicos da vacina deve demonstrar a eficácia em todas as faixas etárias, dados de segurança, possíveis reações adversas e data para a segunda dose.
A vacinação já tem data
Na quinta-feira (7), o governo de SP se reuniu virtualmente com os 654 prefeitos de municípios do estado, frisando que a vacinação deve começar no dia 25 de janeiro em todas as cidades paulistas. Coincidência ou não, na mesma data em que a cidade de São Paulo comemora mais um ano. O calendário da vacinação com dias e horários já foi definido.
Os índices de eficácia da CoronaVac são menores do que os índices da Pfizer e Moderna
Isso acontece porque as vacinas feitas pelos laboratórios Pfizer e Moderna utilizam o método de RNA mensageiro, alcançando uma eficácia de até 95% em todos os casos. Já a vacina CoronaVac utiliza o vírus inativo.
A microbiologista Natália Pasternak explica:
“É completamente esperado. Uma vacina de vírus inativado raramente vai ter a mesma eficácia do que vacinas de RNA ou vacinas de adenovírus, que conseguem entrar na célula e imitar, de uma forma muito mais eficiente, a infecção natural. Elas acabam provocando uma resposta imune que é tanto de anticorpos como de resposta celular”.
Ela ainda afirma:
“A eficácia de 78% da CoronaVac, ao que tudo indica, é uma eficácia excelente e compatível com uma vacina de vírus inativado. Com uma boa campanha, vai ser uma ótima vacina para o Brasil”.
Isso é o que toda a população brasileira espera ansiosamente.
Fonte: Governo do Estado de SP, G1 / Imagem: Catraca Livre.