O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) divulgou nesta quarta-feira (19) os dados mais recentes do Monitor do PIB-FGV. De acordo com a entidade, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,8% em novembro de 2021, na comparação com o mês anterior.
Embora tenha avançado na comparação mensal, a economia do país teve retração de 0,3% em relação ao trimestre móvel anterior. Já na base anual, o PIB do país cresceu 2,2% em relação a novembro de 2020 e 1,3% na comparação com o trimestre móvel de setembro a novembro de 2020.
“A economia brasileira em novembro reverteu a trajetória de queda e estagnação que observava desde abril. Todos os componentes de demanda, pela série mensal ajustada, se mostraram positivos”, explicou o coordenador do Monitor PIB-FGV, Claudio Considera.
“O consumo das famílias, componente com maior participação na demanda, também cresceu, destacando-se os serviços, graças a ampliação da vacinação. (…) A indústria apresentou resultado positivo puxado pela forte reação da indústria de transformação, enquanto a agropecuária apresentou forte queda”, acrescentou Considera.
“A taxa acumulada em doze meses que havia sido negativa desde abril de 2020 até a de abril deste ano, continua crescendo a taxas crescentes e em novembro foi positiva em 4,4%, indicando para este ano uma taxa de crescimento do PIB em torno desta”, disse o coordenador.
Segundo os dados do levantamento, o consumo das famílias cresceu 0,9% no trimestre móvel encerrado em novembro, na comparação com o mesmo período de 2020.
O componente de serviços foi o único a registrar crescimento no período, assim como em outubro. Contudo, o consumo das famílias caiu 0,8% em relação ao trimestre móvel anterior, na série com ajuste sazonal. Isso mostra que o indicador vem perdendo força nos últimos tempos.
Já o indicador de Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) cresceu 3,9% no trimestre encerrado em novembro, na comparação anual. A saber, esse foi o primeiro mês desde outubro de 2020 que o componente de máquinas e equipamentos teve retração. Nos 12 meses anteriores, de novembro de 2020 a outubro de 2021, todos os componentes do indicador cresceram na base anual.
Por fim, vale ressaltar que a exportação caiu 0,1% no trimestre móvel, primeira taxa negativa desde fevereiro de 2021. Na comparação com o trimestre móvel anterior, as exportações caíram 6,4%. Em contrapartida, a importação saltou 11,8% em relação ao mesmo trimestre móvel de 2020. No comparativo trimestral, o avanço foi bem mais tímido, de 2,8%.
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