Dólar cai pelo 5º pregão seguido e fecha dia cotado a R$ 4,91

O dólar comercial encerrou o pregão desta terça-feira (22) em queda de 0,60%, cotado a R$ 4,9142. A saber, esta é a quinta sessão consecutiva de perdas da moeda norte-americana, que caiu para a menor cotação de fechamento desde 24 de junho de 2021 (R$ 4,9034). Aliás, na parcial de 2022, a divisa americana acumula uma desvalorização de 11,85% frente ao real.

Na verdade, o dólar vem registrando mais perdas ante o real devido à guerra entre Rússia e Ucrânia. Em resumo, os conflitos no leste europeu estão desestabilizando os mercados internacionais, provocando o aumento dos preços de importantes commodities, como petróleo e trigo. E o Brasil é um dos maiores exportadores globais de commodities.

Em outras palavras, a guerra não está provocando apenas caos. Pelo contrário, a redução da oferta de determinados itens está atraindo recursos estrangeiros para o país, que vem ganhando mais espaço internacionalmente devido à perda de participação da Rússia e da Ucrânia. A propósito, estes países também são grandes exportadores mundiais de commodities.

Diante desta grande brecha, o Brasil é visto como uma grande oportunidade para os investidores. Isso explica os ganhos que o real vem apresentando em relação ao dólar nos últimos tempos. Contudo, vale destacar que a divisa brasileira está com um desempenho bem superior ao do dólar desde o início do ano. Os conflitos no leste europeu só intensificaram os ganhos.

Maior aperto monetário nos EUA impulsiona dólar

Na semana passada, o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, elevou a taxa básica de juros do país pela primeira vez desde 2018. O avanço tímido de 0,25 ponto percentual veio em linha com as expectativas de analistas. Contudo, o presidente do Fed, Jerome Powell, segue afirmando que o aperto monetário do país poderá ser maior que o esperado.

Em suma, o principal objetivo da elevação dos juros é segurar a inflação no país. Por falar nisso, a taxa inflacionária nos Estados Unidos bate recorde em fevereiro, alcançando o maior patamar em 40 anos. Com a guerra na Ucrânia, as projeções são de uma inflação global ainda mais forte nos próximos meses. Por isso, o Fed vem analisando um avanço ainda mais forte dos juros.

Quanto mais elevados os juros no país, mais atrativos ficam os ativos locais. Inclusive, o dólar teve um bom desempenho ante outras divisas no dia, com os investidores ansiosos pelo aumento dos juros nos EUA. Contudo, isso não aconteceu contra o real devido aos altos preços das commodities e aos juros bastante elevados no país, que beneficiam a moeda brasileira, por sua vez.

Leia Mais: Bitcoin tem forte alta nesta terça (22) e se aproxima dos US$ 43 mil

Ruan Samarone

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