Assim como revelou o Brasil123 nesta semana, os dias no Presídio Dalton Crespo de Castro, em Campos dos Goytacazes, no Norte do Rio de Janeiro, estavam sendo publicados diariamente nas redes sociais por um detento, que criou uma conta no “Tik Tok” e passou a fazer vídeos em que mostrava tudo o que fazia na unidade.
Depois que o caso de Uélinton Adolfo da Silva, de 38 anos, que acumulou mais de dez mil seguidores mostrando suas refeições e partidas de futebol veio à tona, o diretor do presídio, Alexandre Flores Guerra , foi exonerado do cargo, visto que toda a ação do detento estava sendo gravada a partir de um celular, item expressamente proibido nas penitenciárias.
Alexandre Flores estava no cargo há pouco tempo. Prova disso é que, de acordo com a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), ele havia tomado posse em seu cargo no dia 17 de setembro, 12 dias antes de Uélinton começar sua caminhada como “influenciador” no Tik Tok. Agora, com a saída do agente, a unidade passará a ser comandada por Victor Barbosa da Silva.
“Preso do Tik Tok” descoberto
De acordo com a Seap, depois de ter tomado conhecimento das publicações, uma varredura foi feita na unidade e o “preso do Tik Tok” foi identificado. Ainda conforme a pasta, o detento sofreu sanções e ainda foi encaminhado, na terça-feira (02), para a Penitenciária de segurança máxima Laércio da Costa Pellegrino (Bangu 1), no Complexo de Gericinó.
Mais itens apreendidos
Durante a inspeção na unidade, além do aparelho com o detento do TikTok, os agentes encontraram 17 celulares, 13 chips, além de uma pequena quantidade de drogas e outros itens que não são permitidos.
Por fim, após o caso, a Seap afirmou que iniciou um procedimento de apuração com a Corregedoria. “É intolerável que os presos continuem tendo acesso ao mundo exterior. Vamos intensificar as ações de repressão e punir quando descobrirmos os envolvidos no ingresso desses materiais não permitidos na unidade”, finalizou a pasta.
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