As regalias do ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, de 38 anos, conhecido como “Faraó da Bitcoin”, deverão acabar após uma decisão da Justiça Federal, que ordenou que o detento passe a ficar em uma cela afastado dos outros presos e ainda por cima monitora.
Glaidson estava detido na Penitenciária Laércio da Costa Pellegrino, Bangu 1, no Rio de Janeiro. Todavia, por conta da decisão da Justiça Federal, terá de voltar para a Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, onde ele foi encontrado com picanha, linguiça e celulares na sua cela.
Desta vez, todavia, por conta de uma decisão do titular da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), delegado Fernando Veloso, além de ficar isolado, o “Faraó da Bitcoin” terá dificuldade em ter acesso aos produtos e aparelhos encontrados anteriormente em sua cela.
Tal fato acontece porque a mesma decisão que mandou ele ser isolado, também ordenou que câmeras de segurança fossem instaladas no corredor que dá acesso ao espaço em que o suspeito se encontra detido.
A volta de Glaidson à Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza acontece cerca de uma semana depois de ele ter sido transferido para Bangu 1, justamente por conta dos materiais achados.
Direção foi punida após o caso
Depois que os itens foram encontrados na cela de Glaidson, a Seap informou que, por conta disso, e também por outras “reiteradas denúncias que afirmam que chegam materiais ilícitos na unidade”, a pasta resolveu exonerar toda a equipe da direção, o que inclui o diretor, subdiretor e chefe de segurança.
Além disso, a entidade também afirmou que pretende ouvir todos os servidores da unidade nos próximos dias.
Por fim, a informação é que a vistoria na cela de Glaidson foi realizada após denúncias apontarem que tanto o “Faraó dos bitcoins” quanto Tunay, preso junto do acusado, tinham materiais não permitidos no local. Após a apreensão, o material foi encaminhado à 34ª DP (Bangu).
Relembre o caso envolvendo Glaidson
Glaidson Acácio, dono da empresa, é acusado pela prática do crime utilizando uma aplicação disfarçada em bitcoins, uma criptomoeda. O suspeito prometia lucros de 10% por mês nos investimentos em criptomoedas.
Todavia, no fim das contas, as pessoas que entraram no negócio acabaram com prejuízos enormes, pois o empresário ficava com o dinheiro para si, ou seja, não fazia nenhum investimento. Hoje, além de Glaidson, outras 16 pessoas são suspeitas de terem feito parte do esquema, inclusive sua esposa, que hoje está foragida nos Estados Unidos.
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