Defesa de Milton Ribeiro diz que juiz foi parcial e pede revogação definitiva da prisão

A defesa de Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação, apresentou nesta quarta-feira (29) uma ação no Tribunal Regional Federal (TRF). No documento, os advogados do ex-chefe do Ministério da Educação apontaram “ausência de imparcialidade” do juiz do caso.

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De acordo com os defensores, essa suposta falta de imparcialidade aconteceu no momento em que o magistrado prestou informações sobre um Habeas Corpus pedido pelos advogados. Nesse sentido, os profissionais ainda pedem ao TRF que a prisão seja revogada definitivamente.

De acordo com as informações, a ideia da defesa é que, com a imparcialidade declarada, o caminho para que toda a investigação seja anulada passe a ser viável. “A situação ora reportada é surpreendente e merece a atenção dessa Colenda Corte”, diz em parte da ação a defesa de Milton Ribeiro.

“Numa singela análise do Ofício elaborado e encaminhado pelo Juízo Coator se revela excessivo juízo de valor e até mesmo eloquência acusatória, como se o destino do aqui Paciente (que ocupa a mera condição de investigado) já estivesse definido e selado”, diz em outro momento a defesa do ex-ministro.

Em outro trecho, os defensores insistem no tema e afirmam que o pronunciamento do juiz foi “recheado de precipitados juízos de valor sobre o Paciente e revela, extreme de dúvidas, a quebra da isenção que se espera do Julgador. Permissa venia, as várias passagens extraídas do Ofício acostado no presente feito revelam a predisposição de seu subscritor”.

Por fim, os advogados ainda pedem a cassação da decisão monocrática, isto é individual, e a permissão, por ora, que o ex-ministro possa, em liberdade, aguardar o desfecho das investigações ante “ausência da necessária isenção e imparcialidade do Julgador”.

Assim como bem publicando o Brasil123, o ex-ministro foi preso porque é suspeito de corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência. As investigações sobre esses eventuais crimes começaram após um áudio divulgado pelo jornal “Folha de S.Paulo” revelar um suposto esquema de propina no Ministério da Educação.

Leia também: Delegado da PF que prendeu Milton Ribeiro é exonerado do setor que investiga políticos

Alisson Ficher

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