Custo de vida em São Paulo tem maior avanço em seis anos

Os moradores da Região Metropolitana de São Paulo tiveram muitos desafios econômicos em 2021. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), o custo de vida na região teve alta de 10% no ano passado.

A saber, esse é o maior avanço anual em seis anos. O último resultado que superou esse patamar foi em 2015, quando o custo de vida cresceu 11,56%. A Fecomercio-SP divulgou os dados nesta segunda-feira (24).

Quem mais sofreu no ano passado, como geralmente acontece, foram as pessoas das classes de renda mais baixas. Em resumo, a elevação do custo de vida chegou a 11,38% em 2021, enquanto ficou em 9% para as pessoas da classe A.

Um dos principais vilões da alta registrada no ano passado foi o petróleo, que impulsionou os preços de diversos itens. Por exemplo, os custos com transportes cresceram 20,6% em 2021, enquanto os preços dos combustíveis dispararam: etanol (+63,7%), gasolina (+42,8%) e diesel (+41,4%).

Energia elétrica e gás de cozinha também têm forte alta

A Fecomercio-SP também destacou os fortes aumentos da energia elétrica e do gás de botijão. Em suma, a energia elétrica residencial acumulou uma variação de 25,8% no ano passado. Já o botijão de gás subiu 38%, enquanto o gás encanado teve alta de 23,2%. Todos estes preços elevados impulsionaram os custos de habitação na Região Metropolitana de São Paulo.

Além disso, alguns itens da alimentação também pesaram para tornar o custo de vida mais elevado na região. A saber, os preços que provocaram os maiores impactos na população em 2021 foram da carne (+10,0%), da farinha de trigo (+13,2%) e de leites e derivados (+10,2%).

Segundo a Fecomercio-SP, o avanço dos preços em 2022 não alcançará o mesmo patamar registrado no ano passado, “uma vez que os impactos mais relevantes da pandemia nos preços já foram absorvidos ao longo dos últimos dois anos”. Contudo, o custo de vida deverá continuar elevado neste ano.

“É importante lembrar que o Brasil ainda convive com 13 milhões de desempregados. Por isso, qualquer avanço de preços, sem grandes oportunidades no mercado de trabalho, terá um efeito socioeconômico danoso para as famílias, que, em grande parte, não conseguem recompor as perdas causadas pela inflação”, destacou a entidade.

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Ruan Samarone

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