Na noite de ontem (15), o Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga afirmou que os dois possíveis casos de Covid-19 provocados pela variante Deltacron ainda estão investigação. Durante a manhã, ele havia dito que os casos estavam confirmados na região Norte, um no Pará e outro no Amapá, e seriam as primeiras infecções pela cepa no Brasil.
“Pessoal, esclarecendo: os dois casos de Deltacron que citei mais cedo ainda estão em investigação e foram notificados ao Ministério da Saúde pelos Estados. O sequenciamento total do vírus deve ser finalizado nos próximos dias pelo laboratório de referência nacional da Fiocruz”, postou Queiroga no Twitter.
Após esclarecer a informação equivocada, o ministro afirmou que não há motivo para se preocupar com a possível presença da variante Deltacron no país.
“De qualquer forma, não há motivos para preocupação. A OMS classificou a Deltacron apenas como variante para monitoramento (Vum) e não a considerou como variante de interesse ou preocupação, como foi o caso da Ômicron e da Delta, por exemplo”, escreveu Queiroga.
Ao confirmar os casos durante a manhã de ontem, o ministro havia dito que os pacientes estavam sendo monitorados e que “essa variante é de importância, que requer monitoramento”, disse ele a jornalistas. “As medidas são as mesmas, e se tivesse que indicar uma medida, é a aplicação da dose de reforço”.
Até o momento, pouco mais de 70 milhões de pessoas no Brasil foram vacinadas com a dose de reforço contra Covid-19, o que corresponde a 32,76% da população com mais de 18 anos, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa com dados das secretarias estaduais de Saúde.
Deltacron foi detectada na França no começo do ano
A Deltacron foi descoberta por pesquisadores franceses em janeiro deste ano e é uma cepa que combina as variantes Delta e Ômicron. No entanto, os cientistas acreditam que tal combinação não deve ser motivo de preocupação.
A nova cepa tem a “espinha dorsal” derivada da variante Delta, enquanto o espiculo é proveniente da Ômicron. Esse tipo de combinação ocorre quando um paciente é infectado por duas variantes ao mesmo tempo e suas células se replicam juntas.