O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que tem “zero” preocupação com a convocação para prestar esclarecimentos à Comissão de Direitos Humanos do Senado sobre o atraso na vacinação infantil contra Covid-19.
“Preocupação zero com as convocações, até porque o que eu estou fazendo no Ministério da Saúde, a população brasileira já conhece. Comandamos uma das maiores campanhas de vacinação do mundo”, disse Queiroga em conversa com jornalistas na segunda-feira (7) em Brasília.
O ministro ainda afirmou que presta satisfações de modo imediato ao presidente Jair Bolsonaro (PL). “[A convocação] faz parte do processo democrático. Estou à disposição da sociedade brasileira, das suas instituições, dos Três Poderes”, afirmou.
Na avaliação do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o atraso na vacinação infantil acarretou “consequências trágicas ao Brasil”.
“URGENTE! Acabamos de aprovar na CDH do Senado, a CONVOCAÇÃO do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e convite ao Presidente da Anvisa, Barra Torres. Queiroga vai ter que explicar o atraso de 1 MÊS na vacinação das crianças e as consequências trágicas que isso trouxe ao Brasil!”, postou Randolfe no Twitter.
O senador Omar Aziz (PSD-AM) também criticou a postura de Queiroga em relação à vacinação infantil contra Covid-19. “Se prestar atenção, ele diz que a vacina foi feita em tempo recorde, colocando dúvida na eficácia da vacina”, escreveu Aziz. “O ministro não pode ser dúbio”, pois esse tipo de declaração coloca dúvidas na cabeça dos pais, de acordo com o senador.
O médico Drauzio Varella, em entrevista ao portal UOL, demonstrou concordar com as acusações dos senadores contra o governo federal. Segundo ele, a vacinação infantil contra Covid-19 não atingirá 80% das crianças, pois o governo desestimula a imunização.
Para acompanhar as explicações de Queiroga ao Senado, o presidente Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, será convidado para participar da Comissão de Direitos Humanos.