Através de uma nota divulgada hoje (11), a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) afirmou que os idosos devem seguir usando máscaras de proteção contra Covid-19 em ambientes públicos, sejam abertos ou fechados, pois pessoas dessa faixa etária têm mais riscos de desenvolver formas graves da doença. A recomendação também vale para idosos vacinados.
De acordo com a SBGG, a nota emitida nesta sexta seria uma resposta às “diversas cidades brasileiras [que] iniciaram o movimento de flexibilização do uso de máscaras nas últimas semanas”.
Em 2022, segundo dados dos cartórios de registro civil, no Brasil morreram 29.377 idosos maiores de 60 anos em decorrência da Covid-19, o que representa 83% de todas as mortes pela doença neste ano.
“Embora a vacinação tenha reduzido drasticamente a proporção de óbitos dentre os idosos, esse grupo segue sendo o de maior vulnerabilidade às formas graves da doença, mesmo entre os que receberam a dose de reforço (terceira dose)”, afirmou a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, em nota.
SBGG ressalta que idosos são mais vulneráveis contra a Covid-19
A SBGG ressalta que diversos fatores fazem com que os idosos sejam mais vulneráveis em relação à Covid-19: “dentre eles, o fato de acumular diversas comorbidades, além da imunossenescência [envelhecimento imunológico], que gera uma resposta menos previsível quanto à eficácia das vacinas”. Dessa forma, o uso de máscaras contra Covid-19 deve ser mantido pelos idosos.
“Sendo assim, apesar das orientações locais de flexibilização, recomendamos, por ora, a manutenção do uso de máscaras para pessoas idosas, mesmo com esquema vacinal completo e, em especial, para aquelas não vacinadas ou com esquema incompleto de vacinação, principalmente em ambientes fechados, bem como evitar aglomerações sempre que possível”, diz a nota da SBGG.
De acordo com o levantamento do portal UOL com dados dos cartórios de registro civil, no mês de janeiro deste ano, 63,3% das mortes por Covid-19 no país foram de idosos com mais de 70 anos.
“Esse problema [de mais mortes] ocorre porque o idoso teve uma infecção aguda. Os idosos que estão se complicando agora são aqueles que iriam complicar se tivesse um resfriado, uma influenza, uma infecção de vias aéreas mais fortes. Não é exatamente o coronavírus“, afirmou o geriatra Marco Polo Dias Freitas, membro da Comissão de Políticas Públicas da SBGG.