Após sofrer com a alta de casos de Covid-19 provocados pela variante Ômicron, o estado de São Paulo voltou a registrar menos de 50% de ocupação de leitos de enfermaria voltados ao tratamento da doença, de acordo com dados divulgados pelo governo paulista ontem (21), onde é possível observar queda nas hospitalizações.
A taxa de ocupação de enfermarias caiu de 58% para 47%, enquanto a ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) foi de 68% para 58% na última semana. A queda nos índices ocorreu após um recente pico de internações causado pela Ômicron em dezembro e janeiro.
De acordo com o secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, o estado chegou a registrar 15 mil pessoas internadas com Covid-19 no pico da recente onda, no dia 29 de janeiro. Hoje o número de internados é 6,6 mil.
“Na última semana, o Estado de São Paulo teve 58% da ocupação de leitos na UTI, enquanto a Grande São Paulo registrou 56,7%, (incluindo) o município da capital paulista”, disse Gorinchteyn em entrevista à Rádio Eldorado. Há 14 dias, as taxas de ocupação eram de 75% e 74%.
“(Estamos) Melhorando substancialmente. E as enfermarias também com porcentuais abaixo de 50%. Hoje nosso total é menos da metade. Somando os dois grupos de pacientes internados – nas UTIs e enfermarias – são 6.600 pacientes internados. Mostrando que a vacinação impactou muito. Se tivemos, no ápice, 15 mil pessoas internadas e agora 6 mil internadas, a vacinação teve o seu papel de proteção contra formas graves e fatais”, afirmou.
Em postagem no Twitter, o governador paulista, João Doria (PSDB) comemorou a queda nas hospitalizações por Covid-19 em São Paulo.
Subvariante da Ômicron não preocupa
Perguntado sobre a subvariante da Ômicron, encontrada em países como a Dinamarca, Gorinchteyn diz que a situação está sob controle graças ao avanço da campanha de imunização contra a Covid-19.
“À medida em que o Estado está progredindo com a vacinação, cada vez mais nós temos uma taxa de anticorpos que é bastante significativa, porque ela não só é elevada, mas tende a se manter por um período maior. E conforme as pessoas apresentam quadros mais leves, mesmo de outras variantes, elas vão fazendo o que chamamos de ‘booster vacinal’, vírus circulante, que também tem um efeito de reforço na imunidade, por isso que grande parte da população teve quadro brando e sem sua intensificação que, infelizmente alguns tiveram e até perderam as suas vidas”, disse.