Nesta quinta-feira (10), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que a dose de reforço (terceira dose) da vacina é o que “vai fazer a diferença” no enfrentamento à pandemia de Covid-19 no Brasil e, portanto, é preciso seguir avançando com a campanha.
“É fundamental avançarmos na dose de reforço. É isso que vai fazer a diferença. O Brasil tem uma cobertura por volta de 30% [da população] com a dose de reforço, e nós precisamos ampliar”, disse Queiroga em entrevista a jornalistas.
O ministro também criticou a “ansiedade” por parte de alguns governadores e prefeitos para aplicar a quarta dose da vacina
“Essa ansiedade em querer aplicar a quarta dose sem evidência científica também não ajuda no enfrentamento à pandemia. É fundamental avançarmos na dose de reforço (terceira dose). Tenho dito e reitero”, afirmou.
A intenção de aplicar a quarta dose em toda população de São Paulo foi manifestada pelo governador João Doria (PSDB). Após o anúncio do tucano, ontem, Queiroga apontou que tal decisão não deve ser tomada por cada um dos estados ou municípios.
“Se cada um quiser seguir de uma forma, o que vai acontecer? Quem é que tem a responsabilidade de garantir as doses? Há uma logística de distribuição das doses”, disse o ministro da Saúde.
Quarta dose da vacina contra Covid-19 está em debate na Saúde
Além de Doria, a Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que a quarta dose deve ser aplicada em toda população um ano após a dose de reforço. O governador paulista, por sua vez, não deu detalhes sobre prazos, mas disse que não será “aplicada imediatamente”.
Segundo Queiroga, “quando houver evidência científica suficiente para que a quarta dose seja feita na população acima de 18 anos, o grupo técnico [do Ministério da Saúde] vai orientar” sobre a aplicação da quarta dose da vacina contra Covid-19. No momento, o tema ainda está em debate na pasta.
“Quando se faz algo em dissonância com o que o Ministério da Saúde recomenda, nós não temos compromisso de entregar doses”, pontuou Queiroga.
Até o momento, a quarta dose foi autorizada pela pasta apenas para pessoas com imunossupressão, como pacientes que vivem com HIV/Aids ou em quimioterapia.