De acordo com o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, o estado de São Paulo não registrou novas mortes por Covid-19 ontem (8) pela primeira vez desde o começo da pandemia devido ao avanço da vacinação e do uso de máscaras por parte da população, que adotou os protocolos recomendados pelas autoridades.
“A gente sabia que era um dia com menos registros, mas mesmo assim nunca zerava. Então chegarmos nesta segunda-feira a nenhuma morte é emblemático, pois a não notificação de mortes tem um simbolismo que reforça o controle da pandemia no nosso Estado, fruto da vacinação e de a população ter acatado os protocolos, principalmente o uso de máscaras”, disse Jean em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
O fato de São Paulo não ter registrado óbitos por Covid-19 ontem não quer dizer necessariamente que ninguém morreu em decorrência da doença na data, mas sim que nenhuma morte foi contabilizada no sistema da Secretaria da Saúde de São Paulo. Assim mesmo, trata-se de um marco inédito desde o começo da pandemia.
Com avanço da vacinação, SP pode desobrigar uso de máscaras contra Covid-19
Desde março de 2020, São Paulo registrou o total de 152.527 mortes por Covid-19. Hoje, há 3.011 pacientes internados no estado por conta da doença, sendo que 1.375 ocupam leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 1.636 estão em enfermaria.
Segundo o secretário de Saúde, os indicadores atuais mostram que São Paulo não passa por uma terceira onda de Covid-19, fato temido com o avanço da variante Delta no estado.
“Se não tivéssemos a vacinação e aliado a isso a obrigatoriedade do uso de máscara, talvez tivéssemos um recrudescimento dos casos. Tínhamos uma preocupação com a variante Delta, uma possível terceira onda, mas não ocorreu”, avalia Jean.
Para garantir a proteção da população, o governo de São Paulo trabalha na vacinação de adolescentes. Ao mesmo tempo, as autoridades do estado cogitam desobrigar o uso de máscaras em locais abertos. A decisão deve ser tomada no final de novembro.
“Estamos olhando para reduzir a obrigatoriedade das máscaras, por causa da redução da taxa de transmissão e do aumento da vacinação. A tendência é que primeiro sejam retiradas em ambientes externos e por fim no transporte público. É avaliação para o fim de novembro”, disse.