Neste domingo (19), a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que pediu proteção policial aos servidores e diretores responsáveis pela aprovação do uso da vacina da Pfizer contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, que ocorreu na última quinta-feira (17).
Após a decisão de liberar o uso do imunizante para vacinação infantil, o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou que pediu os nomes dos responsáveis pela decisão e que tem a intenção de divulgá-los.
Depois da fala do presidente, que também aconteceu na quinta-feira, as ameaças contra a Anvisa por parte de pessoas contrárias à vacinação de crianças se intensificaram, fazendo com que a agência reiterasse o pedido de proteção policial feito em novembro deste ano, quando as ameaças tiveram início.
Agora, o pedido foi feito através de ofício ao procurador-geral da República, Augusto Aras.
“Solicita-se de V. Sa. a adoção das medidas necessárias para apuração criminal dos referidos atos praticados e conhecidos ontem, sábado, dia 18/12/2021, contra os Diretores e servidores da ANVISA e, além disso, reitera-se com urgência o pedido de proteção policial aos citados agentes públicos e suas famílias a fim de salvaguardar a sua integridade física e psicológica diante da gravidade da situação enfrentada.”, diz a Anvisa, em ofício enviado à Procuradoria-Geral da República.
PGR acata pedido de proteção policial feito pela Anvisa
Segundo a Anvisa, os diretores e servidores que participaram da aprovação do uso da vacina da Pfizer para crianças de 5 a 11 anos receberam novas ameaças no sábado através de “publicações nas mídias sociais na internet de ameaças, intimidações e ofensas por conta da referida decisão técnica da agência”. Na nota, a Anvisa ainda disse que isso aumentou “a preocupação e o receio dos diretores e servidores quanto à sua integridade física e de suas famílias”.
Em nota, a PGR informou que adotou as devidas providências contra as ameaças “possivelmente em represália a posições técnicas adotadas no campo de suas competências”. As medidas não serão divulgadas pelos órgãos, pois se trata de um tema delicado.