Nesta quarta-feira (17), o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, anunciou que a CoronaVac vem apresentando bons resultados contra a nova variante da Covid-19 que foi encontrada nos últimos meses aqui no Brasil.
Segundo Dimas Covas, a CoronaVac já vinha sendo testada contra a variante inglesa e sul-africana ainda na China e agora também está apresentando resultados positivos para as mutações do vírus aqui no Brasil.
“No caso da vacina do Butantan, nós já testamos lá na China essa vacina contra a variante inglesa e contra a variante sul-africana, com bons resultados. Agora nós estamos testando aqui no Butantan contra essa variante de Manaus”
A anúncio dessa novidade foi feita durante coletiva de imprensa na cidade de Serrana, município do interior do Estado de São Paulo, que será a primeira cidade do mundo a imunizar toda a população para um teste da vacina, o que inclui neste caso cerca de 30 mil pessoas.
Saiba mais sobre a CoronaVac
Desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan aqui no Brasil, esta vacina contra o coronavírus já vem sendo testada desde o ano passado quando foi liberada para ser usada na população dos grupos prioritários.
Neste tipo de vacina contra a Covid-19, o laboratório chinês usa a tecnologia com o vírus inativado, o que torna o imunizante menos suscetível à perda de eficácia diante de novas variantes do coronavírus. Isso é bem diferente do que acontece com outras vacinas que estão sendo fabricadas com um pedaço do coronavírus.
“Entre todas as vacinas que estão sendo usadas no momento, a vacina de vírus inativado, como essa que o Butantan fez, é a que tem menor probabilidade de ser afetada pela variante. As demais são feitas em cima de um único pedacinho do vírus, se esse pedacinho muda, a vacina pode perder a eficácia”
Até o momento o Instituto Butantan já entregou 9,8 milhões de doses da Coronavac ao Ministério da Saúde para serem usadas no Programa Nacional de Imunização.
Nas últimas semanas foram entregues pela China mais um novo lote de insumo farmacêutico ativo (IFA), que vão resultar em mais 600 mil doses diárias da CoronaVac ao Ministério da Saúde.
No final, o Butantan pretende entregar ao governo brasileiro 46 milhões de doses do imunizante, aplicado em duas doses, até abril e de mais 54 milhões até setembro.