Nas redes sociais, um vídeo tem circulado com informações enganosas sobre um suposto concurso público dos Correios, prometendo 7.200 vagas para o cargo de atendente comercial. Este conteúdo, no entanto, é uma farsa. O vídeo apresenta uma taxa de inscrição de R$ 87,60, que deve ser paga via PIX, mas não há qualquer veracidade nas informações apresentadas.
O que é o vídeo falso?
O vídeo que se tornou viral utiliza uma tarja que imita a identidade visual do portal de notícias g1, alegando que os Correios estão abrindo um novo concurso. No material, um influenciador conhecido, Jeck Ferraz, aparece discutindo salários e benefícios com sua esposa, enquanto um aviso para clicar em “Saiba mais” aparece ao final. Essa chamada leva o usuário a uma página que solicita o pagamento da taxa de inscrição, que na verdade é um golpe.
Elementos do vídeo enganoso
- Identidade visual falsa: O vídeo utiliza um logotipo antigo do g1, o que já é um indicativo de que as informações não são confiáveis.
- Manipulação de áudio: A voz que parece ser de Jeck Ferraz foi dublada por inteligência artificial, o que gera confusão e pode levar os espectadores a acreditarem que ele realmente está promovendo o concurso.
- Chamada para ação: A frase “clique em Saiba mais” é um convite direto para que os usuários se inscrevam, mas trata-se de um caminho que leva a um site fraudulento.
Por que é um golpe?
A principal razão pela qual esse vídeo é considerado uma fraude é que os Correios não estão promovendo nenhum concurso público no momento. Em nota, a empresa esclareceu que não há processos seletivos abertos e que informações sobre futuras oportunidades devem ser acompanhadas através de seus canais oficiais.
Informações falsas
- Nenhuma reportagem oficial: O g1 nunca publicou uma matéria com o título ”Correios abre novo concurso com 7.200 vagas”, como mencionado no vídeo. Isso já é um forte indicativo de que se trata de um conteúdo enganoso.
- Negativa dos Correios: A empresa afirmou que não há nenhum concurso em aberto e orientou os interessados a consultarem o site oficial para informações atualizadas.
Como identificar fraudes similares?
Com o aumento das fraudes online, é essencial saber como identificar conteúdos enganosos. Aqui estão algumas dicas:
Verifique a fonte
- Canais oficiais: Sempre consulte os canais oficiais da empresa ou instituição antes de acreditar em informações sobre concursos ou processos seletivos.
- Identidade visual: Preste atenção aos logotipos e à formatação dos sites. Mudanças na identidade visual podem ser um sinal de alerta.
Desconfie de taxas de inscrição
- Taxas excessivas: Se uma taxa de inscrição parece elevada ou não é mencionada em fontes oficiais, desconfie.
- Métodos de pagamento: O uso exclusivo de métodos como PIX pode ser um indicativo de golpe, já que é difícil reverter pagamentos feitos dessa forma.
O papel dos influenciadores
Jeck Ferraz, o influenciador que aparece no vídeo, se manifestou publicamente para alertar seus seguidores sobre a manipulação. Em um vídeo no YouTube, ele explicou que sua imagem foi utilizada sem autorização e que a parte final do vídeo foi alterada para incluir o convite enganoso para inscrição.
Reação do influenciador
- Desmentido: Ferraz enfatizou que a parte em que ele supostamente convida os seguidores a se inscreverem foi criada artificialmente.
- Atenção aos seguidores: Ele pediu que as pessoas não clicassem nos links e não fornecessem informações pessoais, alertando sobre os riscos de fraudes.
O que fazer se você foi enganado?
Caso alguém tenha caído na armadilha e efetuado o pagamento, é importante agir rapidamente. Aqui estão algumas orientações:
Contatar a instituição financeira
- Bloqueio de transações: Entre em contato com o banco ou instituição financeira para tentar reverter a transação.
- Registro de ocorrência: É recomendável registrar um boletim de ocorrência sobre o golpe, o que pode ajudar na investigação.
Denunciar o conteúdo
- Plataformas sociais: Utilize as ferramentas de denúncia disponíveis nas plataformas onde o vídeo foi compartilhado.
- Órgãos de defesa do consumidor: Informe-se sobre como registrar uma reclamação junto a órgãos de defesa do consumidor.