O cientista de dados Raoni Lázaro Barbosa foi solto após ter ficado mais de 20 dias preso por engano. A detenção ocorreu porque o homem foi confundido com um miliciano de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro.
A determinação para a libertação do cientista foi decretada pela Justiça do Rio de Janeiro na quarta-feira (08). De acordo com a família e a defesa do rapaz, a confusão aconteceu por conta de um erro na hora de identificar Raoni, formado pela PUC-Rio, com especialização no MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos.
De acordo com as informações, a prisão do rapaz aconteceu no último dia 17 de agosto quando ele foi preso durante uma operação da Polícia Civil acusado de fazer parte de uma milícia em Duque de Caxias,
Segundo o inquérito, Raoni, que teve seu reconhecimento feito por foto, uma prática que não é prevista em lei brasileira, seria o responsável pela cobrança de taxas de moradores e de comerciantes da região de Caxias, local que ele afirma que nunca viveu.
Conforme a defesa do homem, a imagem usada na investigação foi a de um suspeito chamado Raony, com “y”, mais conhecido como “Gago”, sendo a única semelhança entre os dois, de acordo com a família e advogados, a cor da pele.
Polícia comenta o caso de Raoni
Em nota, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco) revelou que as testemunhas desfizeram o reconhecimento do cientista de dados. Também em um comunicado, a Secretaria de Polícia Civil disse que instaurou uma sindicância interna para apurar o caso.
De acordo com a pasta, a orientação da atual gestão da secretaria é para que o reconhecimento fotográfico seja um dos elementos do inquérito policial, e não o único fator determinante para pedir a prisão de suspeitos.
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