Não é novidade para os brasileiros que o atual salário mínimo, de R$1302, não é suficiente para que o brasileiro consiga arcar com o custos da cesta básica. Embora o governo vá anunciar o aumento para R$1320 a partir de 1º de maio, é um reajuste extremamente baixo comparado a defasagem do salário mínimo frente ao custo da cesta.
Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em março deste ano, o salário mínimo necessário para arcar os custos de uma família de quatro pessoas deveria ter sido pelo menos de R$6.571, ou seja. 5,05 vezes o atual valor do salário mínimo brasileiro. Atualmente, o brasileiro compromete 55,47% do salário mínimo para adquirir os produtos alimentícios básicos, ou seja, mais da metade do que é recebido mensalmente.
Ainda de acordo com o levantamento da Dieese, no mês de março, o tempo médio de trabalho para que fosse possível adquirir os produtos da cesta básica foi de 112 horas e 53 minutos. O tempo foi menor que o calculado para fevereiro, quando foi necessário trabalhar 114 horas e 38 minutos e que em março do ano passado, quando foi registrado o tempo médio de 119 horas e 11 minutos.
Segundo o levantamento feito pela Dieese, o valor da cesta básica em março caiu em 13 das 17 capitais brasileiras em que o estudo é realizado. Os dados divulgados no dia 10 de abril apontaram que as maiores quedas em custos dos produtos que compõem a cesta básica ocorreram em Recife (-4,65%), Belo Horizonte (-3,72%), Brasília (-3,67%), Fortaleza (-3,49%) e João Pessoa (-3,42%).
No entanto, as seguintes capitais apresentaram alta no custo da cesta em março: Porto Alegre (0,65%), São Paulo (0,37%), Belém (0,24%) e Curitiba (0,13%). Além disso, a pesquisa apontou que os produtos mais comprados pelos consumidores são o arroz, feijão, frutas, carnes e produtos de higiene pessoal. A pesquisa leva em conta preços registrados em supermercados, mercearias, açougues e padarias. Atualmente, a cesta básica mais cara encontra-se em São Paulo, onde o custo completo é de R$782,23.
Uma pesquisa feita pela consultoria Picodi em janeiro, o Brasil ocupa a 52ª posição, quando o assunto é cesta básica mais cara do mundo em relação ao salário mínimo. Inclusive, na América Latina, o país ocupa a última posição. Para efeito de comparação, quem lidera o ranking na América Latina é Porto Rico, onde a cesta básica ocupa 12,8% do salário mínimo.
A base de cálculo da cesta básica para esta consultoria é diferente (utiliza o site numbeo.com para estimar valores) e, neste caso, a Picodi apontou que o preço da cesta básica no Brasil ocupa 37,8% do salário mínimo. Confira, abaixo, o ranking da América Latina elaborado pela Picodi:
A cesta básica montada pela Picodi é composta por pão, leite, ovos, arroz, queijo, carne, frutas e legumes. Com isso, no Brasil, com as quantidades recomendadas para nutrição de um adulto, a soma da cesta básica chegou a R$460,77 no mês de janeiro, mostrando que, ainda que a base de cálculo seja diferente do levantamento da Dieese, a situação brasileira não melhora.
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