O cantor gospel André Luís dos Santos Pereira, de 35 anos, foi preso na última sexta-feira (22) pela Polícia Militar (PM) em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, durante um patrulhamento da corporação. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), em nota publicada nesta segunda-feira (25), o artista é acusado de ter aplicado golpes em lojas de luxo no Distrito Federal e, com isso, ter lucrado aproximadamente R$ 270 mil.
Ainda segundo a pasta, a prisão do cantor, que estava com mais duas pessoas na hora da captura, aconteceu depois que agentes da PM constataram que André estava sendo procurado pela Justiça no Distrito Federal.
No carro em que ele estava, os policiais apreenderam cartões bancários e documentos. Depois de preso, ele foi encaminhado ao 2º Distrito Policial de São Bernardo do Campo, onde a ocorrência foi registrada como captura de procurado.
Os golpes do cantor
Conforme revela o delegado responsável pelo caso, Gleyson Mascarenhas, duas lojas, Prada e Gucci, procuraram a polícia no mês de setembro para prestar um boletim de ocorrência contra o cantor e mais dois homens, que também foram indiciados. Para aplicar o golpe, o artista teria solicitado o atendimento “vip”, que acontece quando o vendedor se desloca até o endereço do comprador.
“O vendedor se deslocava até o local que os suspeitos usavam como escritório, em prédios de alto padrão de Brasília. Um deles chamava o vendedor, o outro escolhia as peças de roupa, e um terceiro se apresentava como assessor responsável pelo pagamento”, detalhou o delegado.
Depois de escolher as roupas, os suspeitos simulavam uma transferência bancária para a conta jurídica da loja e os funcionários só percebiam a fraude no outro dia. “Eles faziam com que a operação não fosse concretizada. Como os departamentos jurídicos das lojas são grandes, a vítima só percebia que o comprovante era falso no dia seguinte”, relatou.
Após a farsa ser descoberta, as lojas entravam em contado com os golpistas, mas eles, que não chegavam a fugir, apenas diziam que havia ocorrido um erro no banco e que a situação iria se normalizar.
Por fim, o delegado explica que eles realizaram ao menos duas compras. A primeira foi na Prada, onde a compra teria dado cerca de R$ 150 mil. Já a segunda na Gucci, onde os produtos teriam somado aproximadamente R$ 120 mil. Por conta das suspeitas, os três deverão responder por associação criminosa e estelionato.
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