O senador Renan Calheiros, relator da CPI da Covid-19, publicou neste domingo (04) um resumo de suas conclusões a respeito dos trabalhos até agora da Comissão Parlamentar de Inquérito. Na publicação, feita no Twitter, o parlamentar pontuou as ações do governo que ajudaram no agravamento da pandemia.
“Síntese de 60 dias de CPI: Bolsonaro desdenhou da pandemia, criou governo paralelo, sabotou os imunizantes, alastrou o vírus e entregou vidas a charlatães e lobistas de cloroquina como ele e os filhos; 300 mil mortes eram evitáveis; só quis a vacina quando houve chance de propina”, afirmou o senador em seu perfil no Twitter.
Importante destacar que, com o cargo de relator, Renan Calheiros é responsável pelo cronograma dos trabalhos da Comissão. Além disso, ele tem a responsabilidade de apresentar uma linha de investigação e também tem de elaborar o relatório final da CPI.
O documento em questão, com as conclusões da comissão, deve ser encaminhado ao Ministério Público (PGR) ou à Advocacia-Geral da União, para que os órgãos adotem as devidas medidas legais. Junto de Renan Calheiros figuram outros integrantes importantes na CPI, todos sem alinhamento com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), como:
- Tasso Jereissati (PSDB-CE);
- Eduardo Braga (MDB-AM);
- Omar Aziz (PSD-AM);
- Otto Alencar (PSD-BA);
- Humberto Costa (PT-PE);
- E Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Denúncia contra Renan Calheiros
Em meio às investigações da CPI da Covid-19, no sábado (03), a Polícia Federal (PF) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação revelando que existem indícios de que o senador recebeu R$ 1 milhão em propina da Odebrecht em troca de apoio a um projeto de interesse da empreiteira.
Segundo a PF, a informação foi enviada após conclusão de inquérito aberto em 2017. Por conta das suspeitas, a polícia indiciou o senador pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Agora, cabe ao Supremo enviar o caso para a Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se denuncia ou arquiva o caso.
Leia também: Carlos Wizard retorna aos EUA