Bolsonaro recria Ministério do Trabalho

O Ministério do Trabalho está de volta à ativa. Isso porque, nesta quarta-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro editou uma Medida Provisória que recria a pasta e, de quebra, nomeou Onyx Lorenzoni como titular do órgão.

Criado em 1930, o Ministério do Trabalho havia sido extinto e suas funções incorporadas ao Ministério da Economia. Todavia, uma minirreforma ministerial, que incluiu alterações na secretaria-geral da presidência e da Casa Civil, foi feita por Bolsonaro.

Até então, Onyx Lorenzoni ocupava o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência. Agora, quem ocupa a cadeira da pasta é Luiz Eduardo Ramos, que por sua vez, foi substituído pelo senador Ciro Nogueira (PP) na Casa Civil.

Ciro Nogueira é líder do Centrão, grupo que Bolsonaro criticou durante as eleições, mas que hoje, é aliado do chefe do Executivo.

De acordo com especialistas em política, a estratégia do presidente com a minirreforma foi ganhar mais apoio no Congresso, em especial no Senado, onde a CPI da Covid-19 vem causando desgastes ao governo.

Responsabilidades do Ministério do Trabalho

Segundo as informações publicadas na Medida Provisória, o Ministério do Trabalho ficará responsável pelos seguintes assuntos:

  • Previdência;
  • Previdência complementar;
  • Políticas e diretrizes para geração de emprego e renda e de apoio ao trabalhador;
  • Políticas e diretrizes para a modernização das relações de trabalho;
  • Fiscalização do trabalho, inclusive do trabalho portuário, e aplicação das sanções previstas em normas legais ou coletivas;
  • Política salarial;
  • Intermediação de mão de obra, formação e desenvolvimento profissional; segurança e saúde no trabalho; regulação profissional;
  • Registro sindical.

Entre os conselhos que compõem a pasta, estão dois muito importantes: o Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Promessa de Bolsonaro não foi cumprida

Durante sua campanha eleitoral, em 2018, Bolsonaro pregou que o número elevado de ministérios era ineficiente e abria margem para corrupção. À época, o Brasil tinha 23 ministérios, tendo o até então candidato prometido enxugar este número para 15.

“O quadro atual deve ser visto como o resultado da forma perniciosa e corrupta de se fazer política nas últimas décadas, caracterizada pelo loteamento do Estado, o popular ‘toma lá-dá-cá’”, defendeu Bolsonaro durante as eleições. Todavia, com a volta às atividades da pasta do Trabalho, a gestão do presidente chegou aos mesmos 23 ministérios da última administração. Com isso, são oito pastas a mais do que o prometido pelo atual chefe do Executivo.

Leia também: Flavio Bolsonaro passa a ser suplente na CPI da Covid-19

Amanda B

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