Bolsonaro reclama de salário de R$33 mil

Durante evento ocorrido na igreja New Hope Church, no estado da Flórida, localizado nos Estados Unidos da América, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), reclamou do salário que recebia enquanto chefe de executivo. De acordo com ele, o valor de R$33 mil não compensa, devido às responsabilidades relacionadas ao cargo e chegou a converter o valor para dólar para justificar seu argumento.

“Alguém sabe quanto foi meu salário bruto em dezembro do ano passado? 33 mil reais. Dá aí seis mil dólares. Compensa? Você não vai para lá para ser compensado financeiramente”, disse o ex-presidente na Igreja New Hope Church, no estado da Flórida. Antes dessa declaração, Bolsonaro também comentou sobre a dificuldade de montar um ministério. “Primeiro, tem que ver se a pessoa está qualificada para aquilo. Depois, se ela aceita. Porque ser ministro não é tão gratificante assim, não quando se falar de salário”, disse.

Após ter saído do governo, Bolsonaro mantém ainda o salário de R$11,9 mil como capitão reformado do Exército mais o valor de R$30 mil de aposentadoria como deputado. Além disso, o salário estimado que ele deverá receber de seu partido, o PL, é de R$39mil, após finalizar as negociações com o presidente do partido, Valdemar Costa Neto.

Bolsonaro também realizou outras reclamações sobre sua experiência enquanto presidente, uma delas foi o pouco tempo que passou com sua esposa, Michelle Bolsonaro. “No começou, eu falo: ‘Meu Deus, qual foi o meu pecado? Para estar sentado nessa cadeira. Só Problemas’. Por vezes, companheiro, você nem lembra que tem esposa. É verdade. Você chega em casa, ela está dormindo ou, quando ela sai, eu que estou dormindo”.

Bolsonaro disse que sua missão ainda não acabou

Embora tenha sido bastante criticado, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que sua experiência enquanto presente foi, para ele, como uma missão e ele entende que tal missão não acabou ainda”, embora não tenha justificado o motivo de ter essa percepção.

Em entrevista concedida recentemente para o The Wall Street Journal, Bolsonaro afirmou que tem planejamento de retornar o Brasil ainda no próximo mês de março, com o objetivo de liderar a oposição ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele também se defendeu das acusações recebidas sobre ter incitado os ataques às sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro, quando golpistas depredaram os prédios públicos.

Bolsonaro se encontra nos Estados Unidos desde o dia 30 de dezembro, onde mora em um condomínio de luxo na cidade de Kissimmee, a cerca de 35 quilômetros de Orlando, em uma casa cedida pelo ex-lutador de MMA, José Aldo. Desde então, o governo federal já desembolsou R$432 mil com diárias para a equipe de assessores que o acompanha na viagem, segundo dados do Portal da Transparência. É importante lembrar que, por lei, todos os ex-presidentes podem manter oito assessores, com salários e demais despesas relacionadas ao trabalho custeadas pela Presidência da República.