‘Bolsa Família não é um emprego’, afirma ministro Wellington Dias

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), Wellington Dias, declarou nesta quarta-feira (20), que o Bolsa Família, um dos principais programas sociais do governo Lula, não é um amparo definitivo para os beneficiados.

Assim, segundo ele, trata-se de algo transitório, que ajude até que a pessoa possa se estabelecer e conseguir melhorar a sua condição.

“O Bolsa Família não é um emprego, não é uma solução definitiva. Ele é um atendimento emergencial e social. Quer o Brasil que nenhuma pessoa tenha uma situação que não tenha condição de comer, tomar café, almoçar e jantar. O que fazer? A preferência do Brasil foi pela transferência de renda. Ter um Cadastro Único sempre atualizado”, disse.

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Alcance do Bolsa Família

De acordo com o governo, atualmente são mais de 20 milhões de famílias contempladas no Bolsa Família.

Como se sabe, o programa foi relançado oficialmente por Lula em março deste ano, quando passou a substituir o Auxílio Brasil, nome usado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ainda mais, o ministro salientou que, desde que assumiu o cargo, em janeiro deste ano, a pasta aplica uma “reconstrução” para evitar fraudes na concessão do programa.

“Não podemos aceitar fraudes. Um milhão de pessoas que fraudam o Bolsa Família gera, em 1 ano, o prejuízo de R$ 8,4 bilhões”, declarou.

“Tem alguma coisa errada no meu município, o que eu faço? Ligue para 121. É uma ligação gratuita, um Call Center. Ali, nossa equipe vai entrar em campo”, completou.

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Orçamento de 2024 para o Bolsa Família

Vale lembrar que no final de agosto, o governo federal enviou ao Congresso Nacional a proposta de orçamento para o ano de 2024, com a estimativa de um déficit zero em suas contas.

Então, a meta depende de medidas para aumentar a arrecadação, no valor de R$ 168 bilhões.

Quando perguntado sobre eventuais cortes no orçamento do MDS, o ministro afirmou que a orientação de Lula é “não faltar” dinheiro para a área social. A saber, o ministério terá o 2º maior recurso (R$ 281,7 bilhões) da Esplanada em 2024.

“Estamos acompanhando o Orçamento. Na área social, a determinação do presidente é de não faltar dinheiro para as necessidades do povo. Portanto, não faltará dinheiro para o Bolsa Família. Claro que o programa não é para sempre. A gente quer, como fizemos lá atrás, reduzir a pobreza e, cada vez mais, envolver as pessoas no emprego”, declarou.

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