Em entrevista concedida nesta sexta-feira (24), o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, disse que 1,55 milhão de beneficiários do Bolsa Família serão excluídos do programa no próximo mês de março. De acordo com o ministro, um pente-fino realizado no Cadastro Único já identificou que tais beneficiários não se enquadram nos requisitos necessários para participarem no Bolsa Família.
“Já em março vamos tirar mais de 1,55 milhão desse mais de 5 milhões em que estamos focados. Para esses 1,55 milhão já temos segurança de que não preenchem os requisitos”, disse o ministro. “Nossa expectativa é que, ao final da triagem, cerca de 2,5 milhões de benefícios serão cancelados. Hoje, temos 21,9 milhões de famílias recebendo. Nosso objetivo não é excluir, é tirar quem não precisa e incluir quem necessita do benefício”, completou Wellington Dias.
Além dos 1,55 milhão que serão excluídos em março, o ministro informou que aproximadamente 2.265 decidiram sair do Bolsa Família de forma voluntária, através de um aplicativo que foi disponibilizado pelo próprio governo federal. “Nós abrimos a possibilidade de as pessoas que não se encaixavam se apresentarem voluntariamente e saírem do programa. Isso aconteceu com essas famílias”, disse Wellington Dias.
De acordo com Wellington Dias, a exclusão destes beneficiários que não deveriam estar recebendo o Bolsa Família irá abrir espaço para a entrada de 700 mil novas famílias no programa de transferência de renda do governo. De acordo com ele, o modelo adotado pelo governo Bolsonaro, que pagava R$600 para uma família de um só membro e para outras com seis a sete integrantes, “não faz nenhum sentido”.
“Não faz nenhum sentido. Por isso, vamos ter também um valor extra per capita, para atender às famílias mais numerosas. Quem vai tomar a decisão final é o presidente Lula“, disse. “Temos, infelizmente, pessoas com renda elevada, com 9 salários mínimos, recebendo Bolsa Família. E pessoas sem renda, com fome, que não conseguem acessar”, afirmou Dias.
O novo desenho do Bolsa Família deve incluir, além do valor extra de R$150 por criança de até 6 anos dentro do quadro familiar, a proporcionalidade. Isso significa que o valor do benefício será proporcional ao tamanho das famílias, embora o ministro não tenha especificado de quanto será o reajuste. Ainda, segundo técnicos da equipe econômica do governo, que vem trabalhando nos estudos do novo Bolsa Família, a nova versão deverá ter critérios mais rígidos para famílias unipessoais, compostas por um único integrante.
Em relação à fila do Bolsa Família, o governo trabalha com a possibilidade de um critério para oferecer prioridade a entrada de famílias mais numerosas no programa. O objetivo é ter uma análise mais criteriosa para as famílias solo. Contudo, famílias unipessoais não serão completamente afetadas, o governo pretende verificar, por exemplo, se a pessoa não tinha família antes ou se ficou sozinha após a perda de algum familiar. Atualmente, o governo tem como maior suspeita de fraude quando dois benefícios do programa social apontam para um mesmo endereço residencial.
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