Belo Horizonte, capital do estado de Minas Gerais, tomará medidas drásticas para tentar conter a disseminação da Covid-19 na região: a cidade entrará em regime de lockdown (bloqueio total) a partir da próxima segunda-feira (11).
Leia também: CoronaVac tem eficácia de 78%, revela governo de SP
O anúncio foi feito na tarde de ontem, quarta-feira (06), pelo prefeito reeleito Alexandre Kalil, nas redes sociais. De acordo com o chefe do executivo da cidade, a capital mineira chegou “ao limite da Covid-19”.
Segundo ele, após uma reunião de governo, foi orientado a tomar a decisão de editar um decreto fechando todos os serviços não essenciais da cidade. “Sexta-feira [8] o decreto vai ser publicado, e segunda-feira a cidade está fechada”, revelou o prefeito.
“Chegamos no vermelho. O comerciante tem que se preparar porque sexta-feira estaremos soltando um decreto voltando a cidade à estaca zero. São números impressionantes, houve uma importação de doença surpreendente. Temos casos de famílias inteiras, que passaram o Natal juntos, infectados e internados”, adicionou o Kalil.
Por fim, o prefeito detalha que os únicos locais não essenciais ainda em funcionamento serão as praças públicas e o zoológico, que terá visitas agendadas. “Me desculpem, mas governar não é agradar. Tivemos uma longa reunião hoje, fui orientado. Com exceção das praças públicas e do zoológico agendado, a cidade estará com serviços essenciais abertos e todo o resto fechado”, conclui Kalil.
Covid-19 em Minas Gerais
Até ontem, quarta (06), Minas Gerais havia registrado 566.207 casos confirmados de Covid-19, dos quais 12.211 acabaram em morte. Nas últimas 24 horas, houve recorde de registros de pacientes infectados no estado: foram 7.715 a mais, sendo 128 óbitos.
Em BH, ao todo, 65.848 pessoas já se infectaram. Dessas, 1.915 acabaram morrendo. O endurecimento da quarentena acontece por conta dos dados registrados nos últimos dias.
Na primeira semana de 2021, BH bateu três recordes consecutivos da taxa de ocupação de leitos de UTI. No momento, a taxa citada é de 86,1% – o maior valor desde agosto de 2020.