O Banco Central revisou suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022. De acordo com a instituição, o PIB do Brasil deve cresce 2,9% neste ano, taxa 0,2 ponto percentual superior à estimada anteriormente, de 2,7%.
Em resumo, o PIB corresponde à soma de todos os bens e serviços do país. Nesse caso, não é levado em consideração, por exemplo, a nacionalidade de quem fez tal bem ou serviço. O principal objetivo desse indicador é medir o comportamento da economia.
Embora o BC mostre mais otimismo com o crescimento do PIB neste ano, a situação não se repete em relação a 2023. Em suma, o banco estima que haverá uma forte desaceleração econômica do Brasil no próximo ano. A saber, o PIB do país deverá crescer apenas 1,0% em 2023, na comparação com 2022.
Vale destacar que, apesar da desaceleração prevista para o próximo ano, a taxa do BC supera as projeções de analistas do mercado financeiro, que acreditam que o PIB brasileiro crescerá apenas 0,75% em 2023.
Por outro lado, a estimativa de alta de 1% ficou bem abaixo das estimativas do Ministério da Economia, que prevê um crescimento de 2,5% do PIB do país.
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Juros devem limitar atividade da economia brasileira
O BC destacou que a economia do Brasil não deverá crescer de maneira expressiva no ano que vem devido aos juros elevados. A saber, a taxa Selic, que representa o juro da economia brasileira, está em 13,75% ao ano, maior patamar desde novembro de 2016.
A expectativa é que a taxa continue nesse patamar até meados de 2023, ou seja, deverá limitar fortemente o crescimento econômico durante a primeira metade do ano.
Em síntese, uma Selic mais alta puxa consigo os juros praticados no Brasil. Dessa forma, o crédito fica mais caro, o que limita o consumo da população, que passa a pagar mais caro em diversos setores, como o bancário e o imobiliário.
Essa medida acaba sendo necessária porque a taxa Selic é o principal instrumento do BC para limitar o avanço da inflação no país. Isso acontece porque há uma redução na demanda, o que impede que os preços subam mais, porque a procura já estará reduzida.
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