O Auxílio Emergencial salvou o ano do comércio de varejo de São Paulo. Pelo menos essa é a avaliação do Federação do Comercio do Estado de São Paulo (Fecomercio). Seja como for, a situação ainda não permite comemoração.
De acordo com a Federação, o comércio de varejo de São Paulo deve terminar o ano com um crescimento de 2%. Isso só vai acontecer porque, ainda segundo os cálculos da federação, o Auxílio Emergencial injetou R$32,4 bilhões nesse contexto.
Dessa forma, nós estamos citando aqui os pequenos comércios. Compra de comida, de roupa e de material de limpeza e construção, por exemplo. Pesquisas dos mais diferentes institutos mostram que as pessoas costumam usar o dinheiro do Auxílio justamente para pagar elementos básicos.
E se não fosse esse dinheiro do auxílio circulando por São Paulo, o varejo cairia cerca de 3%. Seria portanto uma queda histórica. A Fecomercio afirma que não há o que comemorar porque não se sabe o que vai acontecer no futuro próximo.
Não se sabe, por exemplo, qual será o comportamento da pandemia daqui pra frente. Também não se sabe quando a vacina vai chegar ou se Auxílio Emergencial vai seguir em 2021. Esse conjunto de incertezas levam a um cenário de desconfiança em relação ao futuro.
Além do Auxílio Emergencial
A análise do Fecomercio mostra ainda que o setor de varejo que mais subiu foi o de construção, que teve alta de 15%. Já o setor de vestuário, tecidos e calçados despencou 25% no estado. Essa diferença entre os dois grupos é a maior da história.
Além disso, o Fecomercio também constatou que o varejo do estado vai terminar o ano de 2020 com cerca de 60 mil vagas a menos do que quando começou. Essa é portanto uma realidade que se justifica por causa da pandemia do novo coronavírus.