Após pressão dos fãs, Paulo Ricardo se manifestou sobre a morte do ex-colega de fundador da banda RPM, Luiz Schiavon. Os dois estavam sem se falar devido a uma disputa judicial para uso da marca do grupo musical.
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Após pressão dos fãs, Paulo Ricardo se manifesta sobre a morte de Luiz Schiavon
O vocalista recordou o início da história do grupo e como se aproximaram. “Conheci Luiz Antônio Schiavon Pereira no verão de 79, num ensaio de um grupo cover de Deep Purple em São Paulo, cujo baterista havia sido indicação minha, meu compadre Lair. Ocorre que no meio do ensaio, eles se desentenderam, divididos entre compor ou não em português. Perguntado, disse que me parecia normal cantar em português no Brasil, e ali a banda acabou! O tecladista, então, me perguntou se eu faria uma letra para uma música dele e ali começou uma parceria que, algumas bandas depois, viria a se tornar o RPM”, iniciou o cantor.
“Entre milhões de fotos, escolhi esta de 1983, quando ainda éramos um duo nos moldes do Eurythmics, (ideia que persistiu durante um bom tempo), foto de Rui Mendes para o livro Revelações por Minuto de Marcelo Leite. Nesta época, trabalhávamos diariamente no sobrado da casa dos pais de Schia, na Rua Cardeal Arcoverde, em Pinheiros. No repertório que viria a ser nosso primeiro álbum, Revoluções por Minuto’, sob os olhares de reprovação de sua mãe, que gostaria de vê-lo arquiteto e não gostava nada da má influência daquele moleque que dizia, ‘Dona Edméia, um dia a senhora ainda vai pendurar um disco de ouro na parede da sua sala!’ Foram muitos, graças a Deus! Ficam as canções, as lembranças maravilhosas e os meus sentimentos aos fãs, amigos e familiares”, lamenta, por fim.
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Anúncio da morte
O anúncio da morte de Schiavon foi feito nesta última quinta (15). ”É com pesar que a família comunica o falecimento de Luiz Schiavon. Ele vinha lutando bravamente contra uma doença autoimune há quatro anos, mas, infelizmente, ele teve complicações na última cirurgia de tratamento e não resistiu. Luiz era, na sua figura pública, maestro, compositor, fundador e tecladista do RPM, mas acima de tudo isso, um bom filho, sobrinho, marido, pai e amigo. Portanto, a família decidiu que a cerimônia de despedida será reservada para familiares e amigos próximos e pede, encarecidamente, que os fãs e a imprensa compreendam e respeitem essa decisão”, dizia o comunicado publicado pela família do músico.