O ConecteSUS, aplicativo responsável pela emissão do Certificado Nacional de Vacinação Covid-19, do Ministério da Saúde, sofreu um ataque na madrugada desta sexta-feira (10) e deixou de mostrar os comprovantes de vacinação contra a Covid-19 – atualmente, a funcionalidade é exigida para acessar locais públicos em 19 capitais do Brasil.
Após o fato ter vindo à tona, o Ministério da Saúde divulgou uma nota relatando que a Polícia Federal (PF) e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) foram acionados para investigar o ataque, que também atingiu o sistema responsável pela notificação de casos da Covid-19 e a página que compila dados de vacinação para outras doenças no país (SI-PNI).
Na manhã desta sexta, durante entrevista coletiva, Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, comentou sobre o ataque, chamando-o de atitude criminosa. “Foi uma atitude criminosa, de um hacker, que está sendo investigada pela Polícia Federal, pelo Gabinete de Segurança Institucional”, começou.
“Hoje, o empenho total é para esses dados estarem disponíveis no mais curto prazo possível. Está sendo investigado e assim que tiver alguém culpado será exemplarmente punido”, afirmou o ministro em Belo Horizonte, Minas Gerais, onde ele deve visitar uma série de hospitais nesta sexta.
Ainda aos jornalistas, o chefe da pasta disse que os dados são serão perdidos, mas o prejuízo, apesar disso, é muito grande. “É um prejuízo muito grande. São pessoas criminosas, nós esperamos encontrá-las e puni-las exemplarmente. Mas esses dados não serão perdidos, o Ministério da Saúde tem todos os dados, é só uma questão de resgatar esses dados e colocá-los à disposição da sociedade”, afirmou.
Grupo assumiu o ataque
De acordo com as informações, o Lapsus$ Group assumiu a autoria do ataque cibernético e ainda deixou uma mensagem aos membros do Ministério da Saúde. “Nos contate caso queiram o retorno dos dados”, escrevem os criminosos nas páginas dos sites, que saíram do ar após a invasão.
Leia também: Brasil não tem condições de acompanhar quarentena de viajantes não vacinados, diz fundador da Anvisa