Americanas demitiu quase DEZ mil em sete meses de recuperação judicial

Dados revelados pelo jornal “Folha de S. Paulo” neste sábado (26) mostram que a Americanas, empresa que está recuperação judicial, com dívidas declaradas de R$ 42,5 bilhões, demitiu 9.175 funcionários, isto é, 21% da sua força de trabalho. A companhia fechou 72 lojas, ou seja, 4% do total de pontos de venda nos últimos sete meses.

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Assim como publicado pelo Brasil123, a varejista, que é uma das maiores do país em seu segmento, tanto em rede física quanto no comércio eletrônico, entrou em recuperação judicial em 19 de janeiro. Segundo a “Folha de S. Paulo”, esses dados revelados foram enviados pela companhia à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Esses registros vão até o dia 20 de agosto, sendo que, de acordo com os dados, das demissões, apenas na semana de 14 a 20 de agosto, foram 1.450, com o fechamento de três lojas. Atualmente, a Americanas soma 33.948 funcionários diretos e 1.806 pontos de venda.

No começo de janeiro, após o anúncio de R$ 20 bilhões em “inconsistências contábeis” no balanço da companhia, que deu origem à crise, a empresa somava 43.123 colaboradores.

De lá para cá, foram milhares de demissões que, de acordo com a empresa, fazem parte da “reestruturação de algumas frentes de negócio em seu plano de transformação”. Conforme a Americanas “os números de demissões e pedidos de saída em agosto são equivalentes ao mesmo período do ano anterior, até a data”.

Em entrevista ao jornal citado, o Sindicato dos Comerciários do Rio, que é onde fica a sede da empresa, afirmou que foram realizadas 590 homologações desde março, envolvendo funcionários com um ano ou mais de contrato. De acordo com a entidade, nestes casos, todos os direitos trabalhistas foram pagos.

“Estamos indignados com o volume de dispensas que está ocorrendo”, diz Márcio Ayer, presidente do Sindicato dos Comerciários do Rio, relatando ainda que “é preciso lembrar que essa situação acontece exclusivamente por conta de crimes cometidos pelos gestores da empresa”. “Precisamos acabar com este ciclo em que os bilionários fazem gestões criminosas e quem paga é o funcionário, que perde seu emprego”, completou ele.

Recentemente, um relatório elaborado por assessores jurídicos que acompanham a Americanas desde que a empresa entrou em recuperação judicial mostrou que demonstrações financeiras da varejista vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior da companhia, que está sob investigação da CVM, da Polícia Federal e também da Comissão Parlamentar da Inquérito (CPI) em Brasília.

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Alisson Ficher

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