Aliados e assessores avaliam que Bolsonaro corre risco de derrota na eleição se continuar atacando as urnas

Aliados e assessores do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), entendem que o chefe do Executivo corre o risco de perder as eleições deste ano no primeiro turno caso ele continue seus ataques contra as urnas eletrônicas e o processo eleitoral como um todo. De acordo com o jornalista Valdo Cruz, da “Globo News”, a forte reação ao encontro de Bolsonaro com embaixadores pegou aliados e assessores do presidente de surpresa, pois o chefe do Executivo foi criticado por vários setores.

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Segundo Valdo Cruz, aliados de Bolsonaro explicaram que o fato que mais chamou a atenção foi que as críticas não se limitaram ao dia seguinte do encontro, que aconteceu no último dia 18 – juristas, economistas e empresários dos setores produtivo e financeiro continuam divulgando manifestos contra as atitudes de Bolsonaro.

Além desses documentos, também está programado para acontecer no próximo dia 11 de agosto, em São Paulo, um ato na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). O encontro terá juristas, advogados e especialistas em política.

“Ele cruzou a linha do aceitável, apesar dos conselhos para não se comportar dessa forma, e acabou reunindo vários grupos contra ele”, afirmou um aliado de Bolsonaro em entrevista ao jornalista da “Globo News”. De acordo com essa pessoa, caso Bolsonaro fique “repetindo esse tipo de comportamento a partir de agora, vai gerar um movimento de união contra ele ainda no primeiro turno, despertando o voto útil que pode levar a uma vitória de Lula no primeiro turno”.

Atualmente, interlocutores de Bolsonaro enxergam que ele deve ir para o segundo turno contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) depois do pagamento dos novos benefícios sociais aprovados por uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que autorizou a distribuição mesmo em um ano de eleição.

No entanto, esses interlocutores já alertaram o chefe do Executivo que seus seguidos ataques podem acabar o atrapalhando e gerar uma notícia negativa para ele próprio nas próximas semanas. “Esperamos que a reação ao erro de se reunir com embaixadores tenha servido de exemplo e alerta para o presidente”, afirmou um interlocutor do presidente.

Leia também: Por falta de Lula e Bolsonaro, CNN Brasil cancela debate de presidenciáveis

Alisson Ficher

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