Uma reportagem da revista “Veja”, publicada nesta sexta-feira (29), revela que o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), ex-presidente do Senado, cometeu o crime de “rachadinha” ao empregar servidoras fantasmas em seu gabinete por cinco anos. O termo “rachadinha” tem sido bastante comentado nos últimos tempos, sobretudo por conta das acusações que perduram sobre o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Flávio Bolsonaro (Patriota).
Na prática, o esquema ocorreu quando um parlamentar contrata alguém para trabalhar em seu gabinete. Todavia, essa pessoa não recebe o salário integral, isso porque, uma parte dos vencimentos precisa ser entregue ao político – normalmente essa quantia representa grande parte da remuneração. E é exatamente isso, que de acordo com a revista “Veja”, Alcolumbre, que é atualmente o presidente da Comissão da Constituição e Justiça (CCJ), fazia.
Na reportagem, seis mulheres disseram que fizeram parte do esquema no gabinete do senador. De acordo com elas, que são pessoas humildes e vivem em regiões periféricas do Distrito Federal, elas receberam proposta para trabalhar no gabinete do senador, mas, com duas condições: devolver grande parte dos vencimentos e jamais contar que trabalhavam no Senado.
Ainda na matéria, elas afirmaram que se arrependem de ter participado do esquema, mas que aceitaram porque precisavam de dinheiro. Segundo essas mulheres, na realidade, elas nem trabalharam, de fato, no gabinete do senador.
De acordo com a “Veja”, o esquema começou em janeiro de 2016, foi até março de 2021 e as mulheres que denunciaram o senador, que desviou ao menos R$ 2 milhões, nas contas da “Veja”, não “trabalham mais” com Alcolumbre.
À “Veja”, as mulheres revelaram que, ao serem contratadas, os auxiliares do senador abriam contas bancárias para essas pessoas, mas recolhiam os cartões e também as senhas que dariam acesso aos vencimentos. De acordo com a revista, nem mesmo as verbas rescisórias ou benefícios a que as funcionárias tinham direito ficavam com elas.
Em nota, Alcolumbre negou as denúncias e ainda chamou a prática de confiscar salário de servidores de atitude “repudiável”. “Sou surpreendido com uma denúncia que aponta supostas contratações de funcionários fantasmas e até mesmo o repudiável confisco de salários”, começou.
“Nunca, em hipótese alguma, em tempo algum, tratei, procurei, sugeri ou me envolvi nos fatos mencionados, que somente tomei conhecimento agora, por ocasião dessa reportagem”, escreveu Alcolumbre, que ainda afirmou que vem sofrendo uma campanha difamatória sem precedentes.
“Há algumas semanas soltei nota à imprensa informando que não aceitaria ser ameaçado, intimidado e tampouco chantageado. Pois bem, além de repetir firmemente o mesmo posicionamento, acrescento que tenho recebido todo tipo de ‘aviso’, enviado por pessoas desconhecidas, que dizem ter informações sobre uma orquestração de denúncias mentirosas contra mim”, finalizou o parlamentar.
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