Um agente de medidas socioeducativas na Unidade Educacional de Internação (Unai) de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, está respondendo por improbidade administrativa, pois ele é acusado de ter usado o dinheiro do Estado para transferir um interno que pertence ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com informações do portal “MidiaMax”, o motivo dessa transferência seria amoroso. Isso porque o agente estaria se relacionando com a mulher do detento e, por isso, queria que o preso fosse mandado para bem longe.
Ainda conforme o portal, a investigação mostrou que o agente sabia o que deveria fazer para transferir o preso, que havia acabado de descobrir que a mulher estava se relacionando com o servidor público.
Para fazer com que o interno fosse mandado para longe, o servidor e a mulher elaboraram um plano para incriminar o preso. Para isso, eles cadastraram um chip telefônico e passaram a proferir ameaças de morte por mensagens contra uma juíza local.
Não suficiente, o casal também enviou uma notícia falsa ao Ministério Público (MP). No documento, consta que o preso estava tendo acesso a drogas e celulares. Por conta da afirmação, revistas foram feitas e alguns objetivos foram encontrados com o detento. Resultado: ele foi transferido para Dourados, também no Mato Grosso do Sul.
Plano do casal descoberto
O plano foi descoberto depois que o detento entrou com um recurso. Na ocasião, como a juíza da região voltou a ser ameaçada, a Polícia Civil deflagrou um inquérito e constatou que, na realidade, o agente e a mulher estavam por trás das supostas ameaças.
Agente sob investigação
Conforme o portal, agora, o processo contra o agente segue em tramitação. No mais recente despacho, a juíza Aline Beatriz de Oliveira Lacerda, da Vara de Fazenda Pública e Registros Públicos de Três Lagoas, designou para o começo do ano que vem o depoimento das testemunhas. Até o momento, o detento ainda não retornou ao local em que ficava até ser acusado pelo casal.
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