Advogado que defendeu Flávio Bolsonaro ganha cargo no Ministério da Justiça

Um dos advogados do senador Flávio Bolsonaro (PL) no caso das “rachadinhas”, Rodrigo Roca foi nomeado pelo presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), como o mais novo chefe da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). A nomeação foi publicada nesta quarta-feira (09) no “Diário Oficial da União” (DOU).

De acordo com informações constadas no site do Ministério da Justiça, a Senacon, que integra a pasta, é o órgão responsável por elaborar, coordenar e executar a Política Nacional das Relações de Consumo”.

Antes de ter sido nomeado ao cargo, o advogado constava no time que estava defendendo o filho do presidente no caso das “rachadinhas”, uma manobra usada por alguns parlamentares para que eles possam ficar com uma parte dos salários dos funcionários que atuam em seus gabinetes.

Não suficiente, o novo membro do Ministério da Justiça também já foi advogado do ex-governador do Rio de Janeiro, político que foi condenado a mais de 200 anos de prisão durante a Operação Lava Jato.

Defensor do filho do presidente no caso das “rachadinhas”, o advogado será o chefe da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon). (Foto: reprodução)

Suposta “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro

Segundo o Ministério Público (MP) do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro cometeu este crime durante o tempo em que foi deputado estadual carioca, de 2003 a 2018.  Na ocasião, ainda conforme o órgão, o senador era o chefe de uma organização criminosa que teria atuado em seu gabinete durante o período mencionado.

Por conta deste crime, estima-se que o parlamentar tenha movimentado cerca de R$ 2,3 milhões. “Esse montante era lavado com aplicação em uma loja de chocolates no Rio da qual o senador é sócio e em imóveis”, apurou o Ministério Público do Rio de Janeiro.

Em 2021, após o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) terem derrubado as quebras de sigilos e anulado os relatórios que embasaram as acusações do MP, as investigações contra Flávio Bolsonaro precisaram recomeçar praticamente do zero, sendo permitido a sua retomada apenas com novas provas.

Desde então, segundo o Ministério Público do Rio de janeiro, um procedimento sigiloso tem tramitado no órgão a fim de que sejam colhidas novas informações sobre a acusação de “rachadinha” que teria acontecido no gabinete do parlamentar.

Leia também: Corregedor do TSE quer que STF compartilhe provas do inquérito que apura vazamento de dados sigilosos de Bolsonaro

Alisson Ficher

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