A Justiça de Porto Alegre condenou, nesta quarta-feira (29), um homem de 23 anos acusado de ter matado a modelo Nicolle Brito Castilho da Silva, que está desaparecida desde junho de 2017 e foi vista pela última vez entrando em um carro na frente de sua casa, em Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre.
De acordo com a Justiça, além do homicídio triplamente qualificado da jovem, que tinha 20 anos quando desapareceu, o acusado, que não teve seu nome revelado, foi condenado por destruição de cadáver – o corpo de Nicolle nunca foi encontrado.
Somando-se os crimes, o jovem foi sentenciado a passar seus próximos 18 anos e seis meses atrás das grades. Além do condenado, outras duas pessoas também são acusadas de estarem envolvidas no crime. Todavia, elas ainda não foram julgadas.
Segundo as investigações, as pessoas envolvidas no crime acreditavam que a modela havia delatado a rivais do grupo o endereço onde estava um integrante de uma facção da região, Ricardo Correa Sobrinho, de 26 anos. Ele e sua companheira foram mortos um tempo antes de Nicolle ter desaparecido.
Morte de Nicolle foi por vingança
Para o promotor do Ministério Público, Marcelo Rasquin Bertussi, Nicolle foi assassinada por vingança, mediante dissimulação e ainda com o emprego de tortura. Na época do crime, a polícia classificou o caso da modelo como “enigmático”, visto que ela sumiu sem deixar rastros e seu corpo nunca foi encontrado.
Na denúncia feita pelo Ministério Público, consta que o mandante do crime seria um presidiário, que teve a atitude após a namorada dele ter descoberto o endereço de Nicolle e instigado o detento a mandar matar a vítima.
“Ciente da ordem, os envolvidos atraíram a vítima do interior de casa e, usando pessoa conhecida [não identificada], levaram ela para algum local onde passaram a torturá-la com agressões físicas, causando-lhe intenso sofrimento até sua morte”, disse o órgão na denúncia.
Por fim, o MP ainda conta que, depois de ter sido torturada, a modelo teve seu corpo cortado “em pedaços”. Este e os outros restos mortais da jovem foram incendiados e jamais encontrados.
Leia também: Justiça decreta prisão preventiva de jovem acusada de ocultar cadáver do namorado em Fortaleza