Condenada por ter matado seus pais, Suzane von Richthofen, de 39 anos, uma das presas mais conhecidas do Brasil, está de volta à vida acadêmica. De acordo com informações publicadas pelo jornal “Folha de S. Paulo”, a assassina está cursando biomedicina na Faculdade Sudoeste Paulista (UniFSP), em Itapetininga, no interior de São Paulo.
A cidade em questão fica próxima de Angatuba, que é onde ela mora desde 2015, quando passou a cumprir o regime semiaberto. Há dois meses, a mulher foi promovida ao regime aberto, o que dá há ela a chance de estudar ou trabalhar durante o dia – no período noturno, ela deve voltar para sua residência e não para a penitenciária.
Essa não foi a primeira vez que Suzane entrou na faculdade. Quando cometeu o crime, por exemplo, ela cursava Direito na PUC de São Paulo. Em 2017, já condenada, ela foi aprovada no curso de Administração em uma universidade de Taubaté – à época, ela se inscreveu no programa de financiamento estudantil Fies, mas acabou não concluindo sua matrícula.
Já em 2020, após ter feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a condenada conseguiu uma vaga via Sisu no curso de Gestão de Turismo no Instituto Federal de Campos do Jordão. Na oportunidade, ela não pôde fazer o curso, pois a Justiça de São Paulo não a autorizou deixar a Penitenciária de Tremembé.
No ano seguinte, Suzane conseguiu autorização para começar Farmácia em uma universidade de Taubaté, curso esse que ela acabou trocando pela Biomedicina. Após ter ido algumas vezes para a aula, a condenada decidiu trancar o curso para voltar apenas agora, já com o benefício do regime aberto.
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Relembre o crime de Suzane
Suzane foi condenada por, em 2002, ter arquitetado e participado da execução de seus pais, Manfred e Marisia von Richthofen, na mansão da família, em São Paulo. Por conta do crime, ela foi condenada a 39 anos e seis meses de prisão.
Como a pena de Suzane só se extingue em 2032, ela, mesmo que no regime aberto, precisa seguir algumas regras como, por exemplo, informar à Justiça qualquer mudança de endereço e se recolher à noite no endereço indicado como sua moradia.
Deste modo, mesmo nas ruas, Suzane não pode frequentar bares ou festas noturnas. Além disso, ela não pode sair da cidade onde vive sem autorização judicial e, sempre que for chamada, ela é obrigada a se apresentar à Justiça e justificar suas atividades.