Vídeo antigo de Bolsonaro em um suposto templo de ‘maçonaria’ viraliza nas redes

Um vídeo antigo que mostra o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em um suposto templo maçônico, viralizou nas redes sociais nesta terça-feira (04), colocando o termo “maçonaria” entre os mais comentados no Twitter. No vídeo, não é possível atestar quando foi feita a gravação, mas, como Bolsonaro se refere a si próprio como deputado e diz que não estava “candidato a nada”, tudo indica que as imagens são de antes de 2018.

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No vídeo, Bolsonaro critica governos passados e até mesmo o Poder Legislativo. “Nos últimos 30 anos, lamentavelmente, o Poder Executivo e o Legislativo aperfeiçoou-se em criar problemas pra vender facilidades. Não precisa entrar em detalhes”, disse ele, afirmando que era preciso “fugir da política tradicional” e que “o inimigo vermelho” estava “à espreita”.

De acordo com um documento do Vaticano, publicado na década de 80, e aprovado pelo Papa João Paulo 2°, a maçonaria contraria a fé católica, pois os princípios da religião sempre foram “considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja”.

“Os fiéis que pertencem às associações maçônicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão”, afirmou o texto, que ainda relatava que o católico que participasse dessas sociedades poderia ser punido até com a excomunhão.

Além do termo “maçonaria”, no Twitter, frases como “Bolsonaro Satanista” e “Muito Grave” também figuraram entre as mais comentadas pelos internautas, que apontaram uma contradição, visto que Bolsonaro adota um discurso de proximidade com as igrejas católicas e, especialmente, evangélicas.

“Estou me sentindo traída. Defendi Bolsonaro do indefensável. Estive sempre ao lado do presidente. E agora descubro laços dele com a maçonaria. Lamentável. Infelizmente, votarei no nove dedos neste segundo turno”, publicou uma mulher no Twitter ao ter ciência do vídeo de Bolsonaro. Veja a gravação: 

O que é maçonaria

Criada na Idade Média, a maçonaria surgiu como uma irmandade de homens construtores, sendo uma de suas características principais a de que seus membros protegem uns aos outros. De acordo com uma reportagem publicada em 2020 pelo portal “UOL”, a grande cúpula da maçonaria apoiou Bolsonaro em sua campanha de 2018.

Durante o primeiro mandato de Bolsonaro, dois conhecidos integrantes da maçonaria integraram o governo. O primeiro foi o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que saiu do governo durante a pandemia da Covid-19. O segundo foi Hamilton Mourão, o vice-presidente de Bolsonaro que, neste ano, disputou as eleições para o Senado pelo Rio Grande do Sul e venceu.

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