Mesmo com a criação da vacina contra o coronavírus e com o avanço para a fase três de vários imunizantes ao redor do mundo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) prevê que ainda demorará certo tempo para que seja possível retirar o rótulo de emergência global, que foi emitido há um semestre.
Os motivos básicos para isso seriam as consequências socioeconômicas que a pandemia traz a todos os países, mesmo aos mais desenvolvidos, e a alta mortalidade que o vírus apresenta.
A Universidade John Hopkins, instituição que responde pelo mapeamento global da situação da COVID-19, também fez um levantamento sobre a quantidade de pessoas já infectadas, considerando dados de todos os países que já registraram casos em seus territórios.
Para a instituição, já são 17.600.000 de indivíduos contaminados com o coronavírus, desenvolvendo ou não os seus sintomas e sem fazer especificações dentre os que faleceram e os que se recuperaram.
De acordo com os especialistas da OMS, o rótulo de emergência global será rediscutido daqui três meses.
Muda alguma coisa a partir de agora?
Na prática, a análise da OMS de que ainda demorará alguns meses para que a situação de surto global seja considerada sob controle e não haja mais o rótulo de emergência global não muda muito o dia a dia da população.
Será preciso manter os cuidados de saúde já adotados até o momento, como o distanciamento social em todos os lugares públicos e estabelecimentos, bem como o cancelamento de atividades que gerem aglomeração e o uso de máscara.
No entanto, pode ser preciso que os governantes dos países revisem os seus planos de retomada econômica mais intensa, especialmente no que diz respeito à aviação e ao turismo, ambos setores que favorecem a contaminação desenfreada e permitem que o vírus entre no território de países que já estavam fora do surto.
Os mais afetados, até agora, são o Brasil, os Estados Unidos e a Índia, totalizando 8.700.000.