Nesta quarta-feira (13), o Brasil123 noticiou que mais um vereador de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, foi assassinado durante um ataque, o terceiro neste ano. De acordo com Celso Alba (MDB), presidente da Câmara Municipal da cidade, os parlamentares, com frequência, estão recebendo ameaças de morte e ligações anônimas.
Em entrevista ao jornal “RJ2”, da TV Globo, o vereador confessou que a situação na cidade é preocupante. “Ameaça de morte, ligações anônimas. Isso é preocupante, porque nós somos parlamentares, mas somos pais de família também”, começou
“Então essa é a nossa preocupação. Todos nós queremos atuar e trabalhar tranquilamente”, comentou o presidente da Câmara Municipal, que deu a declaração horas depois do assassinato do vereador Alexsandro Silva Faria, conhecido como Sandro do Sindicato, executado a tiros de fuzil.
Segundo o chefe da Câmara, ele não acredita que os crimes tenham motivação política. “Hoje mandamos ofício também para que o Ministério Público acompanhe de perto esses três crimes. Nós tivemos mais um vereador assassinado e precisamos com urgência da elucidação dos dois casos”, disse.
“Ainda não tivemos nenhuma evolução. Somos sabedores que está em curso a investigação, mas não temos ainda nenhuma resposta contundente em relação a esses crimes”, completou Celso Alba.
Vereadores mortos
Nesta quarta, Sandro do Sindicato foi morto enquanto dirigia sua van pela cidade. De acordo com seu irmão, Marcos Silva Faria, o parlamentar não tinha inimigos na cidade e sua família está em choque com o ocorrido.
“Foi uma coisa assim muito repentina e a gente tá aguardando para que as autoridades possam o mais rápido possível poder esclarecer essa situação que aconteceu com meu irmão”, comentou Marcos.
Além de Sandro do Sindicato, outros dois vereadores foram assassinados neste ano na cidade. O primeiro foi Danilo Francisco da Silva (MDB), conhecido como Danilo do Mercado, de 53 anos.
Em março, tanto ele quanto seu filho, Gabriel da Silva, de 25 anos, foram encontrados mortos em uma praça em Caxias. Segundo a Polícia Civil, o vereador era investigado por mortes, formação de milícia e grupo de extermínio, grilagem de terras, extorsão e ameaça.
Já no mês passado, foi a vez do vereador Joaquim José Quinze Santos Alexandre (PL), o Quinzé, perder sua vida durante um ataque a tiros. De acordo com as informações, ele, que era um ex-policial militar e tinha 66 anos, foi atacado quando ia visitar uma pessoa. Na ocasião, ele acabou sendo baleado por um homem que estava dentro de um carro branco.
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