A Venezuela pediu nesta última quarta-feira (10), que a Organização das Nações Unidas (ONU) intervenha no Brasil, com a finalidade de controlar a crise pela expansão dos casos de Covid-19. O governo de Nicolás Maduro classificou a atual situação do Brasil como uma “tragédia”.
Situação do Brasil é chamada de “trajédia”
“O Brasil registrou hoje um novo número recorde de mortes por dia pela Covid-19. Há quatro dias ratificamos ao secretário-geral da ONU, António Guterres, o que alertamos há nove meses: a ONU deve intervir para que o governo brasileiro assuma e controle a tragédia, e assim proteja toda a América do Sul“, declarou o ministro das Relações Exteriores venezuelano, Jorge Arreza, no Twitter.
Venezuela culpa Bolsonaro pela situação atual do país na pandemia
Arreaza postou também uma carta datada de 6 de março e dirigida a Guterres. Nela, o governo de Maduro solicita “urgentes gestões e bons ofícios” junto às autoridades do Brasil, especialmente o presidente Jair Bolsonaro, para que reconheça a gravidade da pandemia e coordene com os países vizinhos ações contra o novo coronavírus. O governo venezuelano diz que a “alarmante dinâmica epidemiológica” no país vizinho é “uma consequência da reiterada negligência criminosa” de Bolsonaro, a quem apontou como o “principal obstáculo” para salvar vidas no “pior momento da pandemia“.
O governo da Venezuela chama Bolsonaro de “pior inimigo dos esforços nacionais”
“O presidente Jair Bolsonaro e seu governo se tornaram o pior inimigo dos esforços nacionais, regionais e internacionais, incluindo aqueles em níveis bilateral e multilateral, para mitigar os efeitos devastadores da pandemia da Covid-19 na região de América Latina e Caribe“, afirma o texto. Devido a isso, “o Brasil está sendo levado a uma verdadeira catástrofe humanitária que põe em perigo (…) a estabilidade de nossa região”. O Brasil atualmente vive seu pior momento da pandemia, com o sistema de saúde à beira do colapso, a vacinação lenta devido à falta de doses e um novo registro diário de 2.286 mortes por Covid.
*Com informações da EFE