Vendas dos remédios contra Covid-19 dispararam em 2020

O Conselho Federal de Farmácia (CFF) divulgou levantamento que mostra o disparo das vendas de remédios contra Covid-19, que não tem eficácia comprovada. A hidroxicloroquina, ivermectina e nitazoxanida, que foram os três medicamentos mais procurados, não são eficazes como forma de tratamento precoce da Covid-19, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo o CFF, as vendas da hidroxicloroquina subiram 113% em 2020, sendo que em 2019 foram vendidas 963.596 mil caixas e no último ano foram 2.026.910 milhões de unidades. Apesar dos pronunciamentos da OMS, ela foi um dos remédios contra Covid-19 que tiveram ampla propaganda por parte do Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e Ministério da Saúde, o que colaborou muito para o disparo das vendas.

Remédios contra Covid-19

Em 2020, foi levantada a hipótese de que três medicamentos poderiam ser usados no tratamento precoce da Covid-19. Contudo, vários estudos foram conduzidos para determinar a eficácia destes remédios contra Covid-19 e a conclusão obtida foi que eles não são indicados, que até o presente momento não existe tratamento precoce contra a doença.

Dessa forma, a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos e da Europa contra indicam o uso destes remédios contra Covid-19.

Inicialmente, a ivermectina é um medicamento antiparasitário, sendo utilizada no tratamento de sarna e piolhos, sendo contraindicada para crianças menores de 5 anos ou com menos de 15kg. Já, a nitazoxanida é um medicamento antiparasitários, sendo usada para combater protozoários, vermes e vírus. Mais comumente, aplicada para tratar enfermidades causadas por: lombrigas, solitárias etc; infecções virais causadas por rotavírus e norovírus; infecção e diarreia causada por protozoário. Por fim, a hidroxicloroquina é um medicamento usado no tratamento da malária e não deve ser usada como remédio contra Covid-19.

Segundo Tarcísio Palhano, assessor da presidência do CFF, “o aumento ou a diminuição das vendas varia muito em função da rigidez, ou da flexibilização, da norma sanitária que é estabelecida pela Anvisa. Observou-se isso com a hidroxicloroquina, que em março passou a ser controle especial, e isso dificultou o acesso às compras. A gente vê claramente nos dados que as vendas diminuíram. Depois, quando a Anvisa muda de novo, passa a exigir uma receita simples, os números são impressionantemente aumentados”.

Lidiane Costa

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