As empresas farmacêuticas estão estudando como aumentar a capacidade de produção das vacinas. A princípio, será preciso dobrar ou triplicar a produção para conseguir imunizar a população mundial.
Hoje, é estimada uma produção entre 3 a 5 bilhões de doses por ano. Todavia, os laboratórios precisam manter a produção das diferentes vacinas, como a gripe. Além disso, precisam incluir nas linhas de produção doses para a vacina contra a Covid-19.
As empresas só terão clareza da necessidade de aumento na produção pelo mês de fevereiro. Contudo, a BioNTech já busca opções para ampliar sua produção de vacinas.
Vacinação pelo mundo
Iniciada pelo Reino Unido no dia 8 de dezembro, já são 49 países até o dia 6 de janeiro. No Brasil, logo após o Instituto Butantan, responsável pela fabricação da CoronaVac no país, anunciar nesta quinta-feira (07) a eficácia de 78% da vacina contra a covid-19, o Ministério da Saúde assinou contrato para compra do imunizante.
Com a capacidade de produção abaixo do necessário, alguns países já expõem boas taxas. De antemão, até o dia 4, Israel destaca-se na vacinação contra o coronavírus. Ou seja, a cada 100 pessoas, o país possui pelo menos 15 vacinados.
Estima-se que hoje haja mais de 14,5 milhões de doses aplicadas no mundo. Desde já, destacam-se os Estados Unidos e a China, como primeiro e segundo nessa lista. Até o momento, os dois somam mais de 9,3 milhões de doses aplicadas.
Vacinas e a capacidade de produção
Nessa corrida contra a Covid-19, já existem 20 tipos de vacina pelo mundo. Porém, só 3 foram aprovadas por completo e 7 estão em uso emergencial. Com isso, esse é o imunizante feito em menor tempo na história.
Os testes feitos até o momento, preveem duas doses por pessoa. Assim, vê-se uma necessidade real de 12 a 15 bilhões de doses. A princípio, a capacidade de produção será elevada a níveis nunca vistos.
Acredita-se que só 6 grupos tenham condições para fazer as vacinas em ampla escala. Desde já, o principal objetivo é ter doses para os trabalhadores da área de saúde. Bem como, idosos e pessoas com comorbidades, estimando-se 20% da população.
O Brasil e a capacidade de produção da vacina
Apesar de não ter iniciado a vacinação no país, já existem protocolos para a aprovação emergencial. De acordo com o ministro da saúde, Eduardo Pauzello, o novo contrato só foi possível graças a medida provisória editada ontem (06) pelo governo federal.
A medida autoriza que o governo federal adquira vacinas antes da obtenção do registro dos imunizantes na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Entretanto, a aplicação das doses contra a covid-19 só poderá ser realizada após a aprovação da agência para uso emergencial ou registro definitivo.
De acordo com Pazuello, o acordo incorpora em sua totalidade a produção realizada pelo Instituto Butantan. Dessa forma, 46 milhões de doses da vacina serão incorporadas ao Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19 até o mês de abril.
Além disso, outras 56 milhões de doses da CoronaVac serão entregues ao longo do ano, totalizando 100 milhões de doses.
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