Valor da produção de itens extrativos não-madeireiros dispara em 2020

O valor da produção dos produtos extrativos não-madeireiros disparou 18,6% em 2020, quando comparado ao ano anterior. Com esse forte aumento, o valor chegou a R$ 1,9 bilhão. A saber, o destaque destes produtos foi o grupo dos alimentícios, cujo valor da produção saltou 22%, totalizando R$ 1,5 bilhão.

Em suma, esse tipo de atividade extrativa possui uma relevância muito grande para os povos e comunidades tradicionais, pois contribui fortemente tanto para a ocupação da mão-de-obra quanto para a distribuição de renda. A propósito, as informações são da pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

De acordo com a pesquisa, o valor da extração vegetal cresceu 6,3% em 2020 no Brasil. Além disso, o IBGE também trouxe dados sobre o grupo dos alimentícios, que é o maior entre os não-madeireiros da extração vegetal. Em resumo, o açaí permaneceu com a maior participação no grupo, concentrando 46,3% em termos de valor. Isso corresponde a R$ 694,3 milhões.

Em seguida, ficou a erva-mate, respondendo por 37,3% do total nacional. Estes dois produtos somados reponderam por 83,6% da produção do grupo alimentícios. Outros itens com alguma relevância foram castanha-do-Pará (6,6%), pequi (3,0%) e pinhão (2,7%), mas todos bem distantes dos dois primeiros.

Extração do açaí se concentra na região Norte

A extração do açaí amazônico está concentrada quase totalmente no Norte do país. Cerca de 91,9% do total nacional é extraído na região, que possui uma palmeira nativa, da qual se extrai o produto. No ano passado, a produção chegou a 220,5 mil toneladas, o que representa uma queda de 1,0% em comparação com 2019. Apesar do recuo, o valor da produção disparou 17,8% e totalizou R$ 694,3 milhões. 

Em suma, o Pará respondeu por 149,7 mil toneladas do açaí produzido em 2020. Esse resultado ficou 1,4% menor que o registrado no ano anterior. Por outro lado, o valor da produção no estado saltou 22,3%, para R$ 569,1 milhões. Vale ressaltar que, entre os dez maiores municípios produtores de açaí do Brasil, oito são do Pará. Inclusive, o município paraense Limoeiro do Ajuru lidera o ranking e concentra 19,5% da produção nacional.

Leia Mais: Ibovespa sobe pelo terceiro dia seguido, mas avanços não chegam a 0,2%

Ruan Samarone

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