Vale a pena financiar a casa própria com a iminente queda dos juros?

Especialistas do mercado financeiro estão convencidos de que a taxa básica de juros, a Selic, passará por uma redução em breve, podendo cair 0,25 ou 0,50 ponto percentual de seus atuais 13,75% ao ano. As projeções indicam que a Selic pode alcançar 9,5% até o final de 2024, causando um impacto significativo no mercado de juros na totalidade.

A redução da Selic tem um efeito em cadeia, levando à queda das taxas praticadas pelos bancos. Essa sequência de eventos é uma boa notícia para quem busca crédito, já que resulta em empréstimos mais baratos.

Especialmente para financiamentos de longo prazo, como a aquisição da casa própria, mesmo uma leve redução na taxa pode gerar economias substanciais. No entanto, a decisão de esperar por taxas ainda mais baixas deve ser analisada com cautela.

Considerações além dos juros

Embora os juros sejam um fator importante para decidir o momento ideal de comprar um imóvel, não são os únicos a serem considerados. Com juros mais baixos, é possível adquirir um imóvel de valor mais elevado dentro do perfil de crédito do comprador.

Contudo, há um risco de que o que é considerado mais caro hoje se torne mais barato no futuro. Sendo assim, a valorização do metro quadrado em algumas cidades, como Goiânia e São José dos Campos, pode influenciar essa decisão.

Em casos de forte valorização, a portabilidade das taxas de juros do financiamento pode ser vantajosa, permitindo que o comprador opte por um financiamento com taxas maiores, mas adquirindo o imóvel a um valor menor antes de uma valorização ainda maior.

A portabilidade de crédito possibilita ao cliente transferir sua dívida para outro banco com condições mais atrativas, desde que as taxas sejam menores e o total pago não ultrapasse o contrato anterior.

Oportunidades no mercado imobiliário

O momento prévio ao início do ciclo de queda dos juros pode ser uma oportunidade para fixar o valor do imóvel desejado. Portanto, a perspectiva de uma queda no crédito pode impulsionar a construção civil e ampliar o poder de compra das pessoas. Isso, por sua vez, pode gerar um ciclo virtuoso de preços, resultando em uma tendência de alta no mercado imobiliário.

Nesse sentido, a queda dos juros aumenta a oferta de empréstimos, pois o risco de calote tende a diminuir e há questões regulatórias envolvidas. Por outro lado, quando os juros estão altos, mais oportunidades imobiliárias podem surgir, pois as pessoas enfrentam maior aperto financeiro e as empresas buscam aumentar as vendas.

Momento ideal para a compra

Esperar pela queda de juros pode resultar em aumento da inflação na construção civil, impactando os preços dos imóveis novos e todo o mercado imobiliário. Por outro lado, aguardar possibilita acumular mais recursos para a entrada no imóvel, melhorando o acesso ao crédito e condições de financiamento.

Em suma, decidir sobre o momento ideal para a compra de um imóvel vai além das taxas de juros. É importante avaliar cada caso individualmente, considerando a valorização do mercado, a possibilidade de portabilidade de crédito e a perspectiva de ciclo de queda ou alta dos juros, para fazer uma escolha financeiramente vantajosa e compatível com o perfil de crédito do comprador.

João Belarmindo

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